Menção Honrosa Eaic: Orientadores têm até nove de setembro para indicar concorrentes
Paula Claro é estudante do quarto ano de Jornalismo. No ano passado, ela foi uma dos 24 estudantes de graduação da Unicentro que receberam uma menção honrosa pela qualidade do trabalho apresentado no Eaic, que é o Encontro anual de Iniciação Científica da universidade. Para a acadêmica, que desenvolveu a pesquisa durante 12 meses e analisou o machismo nas letras de hip hop, a homenagem foi um estímulo para que seguisse na área da pesquisa e, ainda, com mais engajamento.
“Eu fiquei muito contente em ter recebido e, com certeza, é um incentivo a continuar estudando, continuar pesquisando e, foi muito importante para mim ver que universidade dá espaço, dá visibilidade para quem estuda desigualdade de gênero, que fala sobre machismo e, é muito bom ter espaço para poder falar sobre isso no âmbito universitário”, afirma.
Agora, com a finalização de mais um período de desenvolvimento de pesquisas de Iniciação Científica, um novo edital da menção honrosa está em andamento. Entre agosto de 2018 e julho de 2019 foram realizadas 1.181 pesquisas de IC na universidade, nas oito áreas do conhecimento. O diretor de pesquisa da instituição, professor Luciano Farinha, ressalta que o prêmio, sobretudo, visa ampliar a disseminação do que é produzido pelos estudantes e pesquisadores da Unicentro.
“Eles começam ter uma inserção, mostrar para comunidade o que está sendo feito, o que que ele poderia vir a contribuir. Então, vai abrindo caminhos e vai mostrando. Sempre, a gente tem uma cobrança: o que a universidade faz? Uma primeira, é formação de recursos humanos e a segunda é procurar contribuir com o dia-a-dia da própria comunidade, resolver problemas que nós temos ali. Então, a iniciação científica, com essas ações, ela começa a ter a sua inserção na comunidade”.
As inscrições para a menção honrosa do Eaic estão abertas. As indicações são feitas pelos orientadores que, até o dia nove de setembro, podem apontar uma pesquisa por programa – Iniciação Científica, Iniciação Tecnológica, Inclusão Social e Iniciação Científica Júnior. O prêmio será concedido aos três melhores trabalhos de IC de cada uma das oito áreas do conhecimento: Ciências Agrárias; Ciências Biológicas; Ciências Exatas e da Terra; Ciências Humanas; Ciências da Saúde; Ciências Sociais Aplicadas; Engenharias; e Linguística, Letras e Artes.
Para os alunos do ensino médio que desenvolvem IC Júnior serão concedidas três menções honrosas para cada uma das três linhas temáticas propostas pela Unicentro: “Interpretação e sentidos em diferentes materialidades”; “Ciência e tecnologia: escola e universidade integradas pela qualidade da educação básica”; e “Implantação de Programa de Iniciação Científica e Tecnológica no Colégio Estadual Trajano Grácia”.
Já para a Iniciação Tecnológica são seis modalidades: Ciências Agrárias; Ciências Biológicas; Ciências Exatas e da Terra; Ciências da Saúde; Ciências Sociais Aplicadas; e Engenharias. Nessa caso, a menção honrosa não é só da universidade, mas estadual. Por isso, explica Farinha, a seleção de trabalhos será um pouco diferente. “Os comitês internos das instituições vão ter que fazer uma primeira seleção. Vamos supor o seguinte: o Comitê de Iniciação Tecnológica da Unicentro vai reunir todos os nossos trabalhos – nós temos 25 trabalhos – e vai selecionar um trabalho em cada área do conhecimento para concorrer a nível estadual. Então, quem vai escolher os premiados é o comitê externo do CNPq”.
A avaliação dos trabalhos de IC – tanto do Proic, como do Pibis e da IC Júnior – será realizada por uma comissão julgadora que tem como integrantes pesquisadores de outras instituições de ensino superior brasileiras.
Em 2018, um dos trabalhos de IC orientados pela professora Patrícia Giloni recebeu uma menção honrosa. Para ela, o prêmio é um retorno positivo para o aluno, mas também para o professor. “Isso incentiva muito o fato da gente ser agraciado com um prêmio dessa natureza. Nos incentiva a continuar esse trabalho de realizar as pesquisas com os alunos, sempre com temas novos que, hoje em dia, a gente vê que, cada vez mais, há uma exigência em termos de temas mais aplicados a sustentabilidade e o desenvolvimento técnico-científico”.