Sexta é último dia para conferir mostra “Arte ao Quadrado”
Aquarela. Poesia. Xilogravura. Esses são alguns dos estilos presentes na exposição “Arte ao quadrado”. Em sua terceira edição, a mostra reúne 70 obras de 32 artistas de Guarapuava. “A gente procurou democratizar, fazer com que todas as pessoas da comunidade participassem. Pra nós,o que vale é o sentimento da pessoa”, explica a agente universitária Elizabete Lustosa, que participou da organização da exposição.
O quilling, que é um tipo de desenho feito com papel e fita, foi a técnica escolhida pela aposentada Bernadete Mariane, que está participando pela segunda vez da mostra coletiva. “Comecei a trabalhar com óleo sobre tela só por curiosidade. Daí entrei aqui nas oficinas da Unicentro e passei para a xilogravura e já fiz de tudo”. No ano passado, Bernadete usou outra técnica para a composição dos seus quadrado, a xilogravura. Trabalhos que inspiraram o tatuador Anderson de Melo a expor nesse ano.
“Eu vi o trabalho dela e quis bastante conhecer mais do trabalho dela. Tive a oportunidade de ter uma obra dela na minha casa, construimos uma amizade bem bacana. Falando a verdade, pra mim, a Bernadete é um dos ícones de Guarapuava para gravura”, afirma Anderson. Bernadete também lembra do primeiro contato dos dois. “Ele ficou encantado com uma paisagenzinha que eu fiz. Ele queria comprar. Aí falei: ‘não, pode ficar para você que daí um dia eu faço uma tatuagenzinha’ e não fiz até hoje”, se diverte.
A Arte ao Quadrado não é só uma maneira diferente dos artistas se expressarem. É também uma forma de abrir as portas da Unicentro para a comunidade. Na exposição, é possível observar obras de gente de dentro e fora da universidade, sejam veteranos ou novatos. Participando pela primeira vez, a Eva Géssica usou a aquarela para demosntrar seus sentimentos.“Eu fiz duas aquarelas e nelas eu coloco a minha poética pessoal sobre questões muito internas. A minha arte tem sido ultimamente uma forma de eu colocar meus sentimentos para fora”, revela.
A Tuka Gelinski usou a técnica da aquarela nos trabalhos que está expondo.“Isso é muito importante para nós, artistas, porque a gente tem um reconhecimento do público, das pessoas que já acompanham a gente mas também daquelas que não nos conhecem. cada exposição eu fico muito feliz de participar”. Os bordados da Milena Blonski também fazem parte da mostra. “Eu tive a ideia de falar sobre os corpos e sobre as silhuetas dos corpos, como os corpos se portam, a força do corpo, tanto feminino quanto masculino, falar o que a gente conhece sobre o corpo”.