Coordenadores de Núcleos de Inovação Tecnológica das universidades estaduais se reúnem na Unicentro
As discussões sobre a nova Lei Estadual de Inovação ganharam um novo fôlego com a abertura de uma consulta pública pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná. A ideia é que representantes da comunidade acadêmica e de diferentes setores da sociedade paranaense contribuam para a construção coletiva dessa legislação.
Para dar encaminhamento às discussões, os representantes dos Núcleos de Inovação Tecnológica das universidades estaduais paranaenses se reuniram na Unicentro nesta semana. De acordo com a diretora de Propriedade Intelectual da Agência de Inovação da nossa universidade (Novatec), Cláudia Crisóstimo, o objetivo do encontro é verificar as demandas e alinhar as atividades dos NITs das universidades estaduais aos princípios e diretrizes previstos na nova Lei.
“Nós vamos avaliar nossa atuação, identificar se existe demanda por parte dos NITs das estaduais para que a gente consiga apresentar uma proposta conjunta, não isoladamente, mas que as estaduais estejam afinadas e alinhadas para uma única proposta para o trabalho de todas”, explica Cláudia.
Estiveram na Unicentro participando da reunião os representantes dos NITs da universidades estaduais de Londrina (UEL), Ponta Grossa (UEPG) e do Oeste (Unioeste). Os representantes das instituições de Maringá (UEM) e do Norte do Paraná (Uenp) contribuíram via teleconferência.
Para o representante do Núcleo de Inovação Tecnológica da UEPG, Angelo Legat, o encontro é oportuno e extremamente necessário para que os NITs tenham a segurança jurídica necessária para dar continuidade aos trabalhos nas agências. “A partir do momento que a gente tem o respaldo legal, nós temos, pelo menos, condições de trabalharmos mais no sentido da promoção da inovação para o desenvolvimento local e fazer com que a prestação de serviço tecnológico, realmente, saia de dentro dos nossos laboratórios e atinja as empresas com as quais cada universidade tem as suas relações, fortalecendo cada vez mais esse processo de integração entre universidade e empresa”.
A Lei Estadual de Inovação estabelece medidas de incentivo à inovação, à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico. O projeto também pretende reduzir as desigualdades regionais, estabelecer cooperação entre os setores público e privado e fomentar o desenvolvimento econômico e social do estado. Por isso, para Cláudia Crisóstimo, a importância do encontro também está na oportunidade de fazer um planejamento estratégico para que os Núcleos de Inovação Tecnológica possam acompanhar toda a demanda da lei.
“O foco maior nessa lei é a transferência de tecnologia. Precisamos estar alinhados com todos os outros setores da universidade, com incubadoras, tanto intra-universidade quanto com a sociedade e com o setor privado, com o setor empresarial, mas também com setor público. Todo esse ambiente, nós temos que estar preparados e nos organizar para que a gente consiga atender toda essa demanda por inovação tecnológica que tem sido cobrada das universidades”, avalia Cláudia.
A consulta pública sobre a Nova Lei Estadual de Inovação fica disponível até o dia 14 de junho na página Seti. Representantes da comunidade acadêmica e de diferentes setores da sociedade também podem encaminhar sugestões por e-mail. As contribuições devem ser fundamentadas em estudos ou experiências que colaborem para a construção coletiva da lei.