Bioética e tecnologia em discussão no Confil 2019
Debater assuntos ligados ao mundo e ao campo da Filosofia, com temas atuais e de relevância para o cotidiano das pessoas. Esse tem sido o objetivo do Conifil, que é o Congresso Internacional de Filosofia, organizado pelo Departamento de Filosofia da Unicentro. O evento, que já é realizado há dez anos, chega a sua 11. edição com o tema “Bioética e Tecnologia”.
“Essa temática tem por objetivo trazer discussões filosóficas para a relação entre as novas tecnologias, e questões referentes a problemas éticos relacionados a vida em geral – tanto humana, quanto animal – e ao meio ambiente”, explica sobre a importância dessa relação o professor do departamento de Filosofia e organizador do Conifil, Marciano Spica.
O Conifil também busca aproximar os alunos do curso de profissionais nacional e internacionalmente renomados. Para isso, conta com palestras e mesas redondas, possibilitando que esses estudantes também possam apresentar seus trabalhos de graduação dentro da programação do evento.
A procura e o envolvimento dos alunos foi algo que chamou atenção, do chefe do Departamento de Filosofia, professor Gilmar Szczepanik. “É muito significativo para nós da coordenação, para o Departamento, para o Conselho Departamental, ver que os estudantes estão participando, estão aproveitando essa oportunidade de falar com pesquisadores tanto nacionais, como internacionais”.
Nesse sistema de intercâmbio cultural e educacional, as primeiras palestras foram ministradas por Milene Tonetto, da Universidade Federal de Santa Catarina, e pelo americano Hugh Lacey, do Swarthmore College, situado nas proximidades da Filadélfia, no estado da Pensilvânia. Ambos falaram sobre a relação entre o meio-ambiente e a tecnologia.
“Quais são as razões éticas que nós temos para enfrentar a mudança do clima, ou seja, para se importar e diminuir as nossas emissões de gases de efeito estufa? Posteriormente, talvez avançar uma crítica em relação a geoengenharia, que seria uma espécie de plano B para enfrentar a mudança climática e tentar apostar mais nessas medidas mais tradicionais”, sintetiza Milene sobre sua abordagem.
Já Lacey conta que aborda “questões éticas sobre o uso dos transgênicos, em uma perspectiva de um filósofo da ciência. Isso me interessa nas questões éticas e questões da metodologia científica. Para avaliar eticamente os usos de transgênicos é necessário fazer comparações com outros tipos de cultura”.
A aluna do terceiro ano de Filosofia, Suelem Rhoden, avalia a realização do Conifil como importante para a graduação, especialmente para os recém-ingressos do curso. “É muito bom, principalmente para os calouros, eles já conseguem ter uma base do que eles vão estudar futuramente e, assim, eles já têm um bom parâmetro de mais matérias que eles podem se interessar”.
O Conifil começou na última segunda-feira e segue até amanhã, 31.