Ansiedade é tema de palestra voltada para estudantes de Medicina
Discutir como a ansiedade se faz presente no nosso dia a dia e, a partir disso, ter elementos para trabalhar a saúde mental. Essa foi a proposta da palestra ministrada para os alunos do curso de Medicina da Unicentro, pelo psicanalista Marcelo Gomes. O convidado abordou o tema como uma questão social. E se a preocupação é com o indivíduo, ele disse que, primeiro, é preciso reconhecer quais são os fatores que causam a ansiedade para, depois, entender como enfrentar o problema.
“É importante também passar para essa turma que faz medicina essa coisa da subjetividade do indivíduo. Tem uma questão social, né? No mundo em que todo mundo está sofrendo com as doenças psíquicas, onde muita gente se diz ansiosa, como entender isso numa perspectiva mais abrangente?”, reflete o psicanalista.
Discutir a temática com os estudantes, para o chefe do Departamento de Medicina da Unicentro, professor David Livingstone Alves Figueiredo, tem se mostrado fundamental na medida, nos últimos anos, em que na ansiedade é crescente no ambiente acadêmico. Ssgundo o professor que também é médico, abordar o assunto causam e forma didática e objetiva, desde o primeiro ano, é o melhor caminho para que os estudantes estejam mais preparados para enfrentar as cobranças e a rotina desgastante de um curso superior.
“A gente tem trabalhado de diversas maneiras para evitar esse problema. Nós somos o primeiro curso do Brasil que tem mentoria com esses alunos, em grupos pequenos, trabalhando esse preparo da vida como um todo. A gente tem um grupo de apoio psicopedagógico, onde todos passam por uma avaliação psicológica; aqueles que tem uma demanda, continuam com terapia. A ideia dessa palestra é trazer gente que tem uma experiência ampla no tema e na prevenção”, detalha David.
O Vinicius Solak Teixeira, que é estudante de Medicina, aprovou a iniciativa do curso em oferecer discussões sobre o enfrentamento da ansiedade. “Eu me sinto muito gratificado de ter essa oportunidade, porque a gente vê as outras universidades, vê em outros lugares a falta desse assunto sendo trabalhado. Muitas vezes, por isso, os alunos acabam se perdendo no meio do caminho, por falta estrutura”.