Mestrado em Ensino de Ciências Naturais e Matemática promove aula inaugural
“Ensino e inclusão das pessoas com deficiência”. Esse foi o tema escolhido para a aula inaugural de 2019 do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Naturais e Matemática. Para a coordenadora do programa, professora Ana Lúcia Crisóstimo, a escolha foi pautada pelo compromisso social. “Nós temos um compromisso da universidade e dos mestrados e doutorados de incentivar trabalhos que têm um grande impacto social. Então, quando a gente fala de inclusão, de pessoas com deficiências e trabalhos que precisam ser produzidos em termos de universidade para colaborar para essa realidade, a palestra só vem a somar. E nós temos aqui no mestrado vários alunos que estão pensando em fazer seus produtos educacionais nessas diferentes áreas, com esse objetivo de atender alunos que, realmente, precisam de produtos educacionais concretos”.
A palestra foi proferida pela professora Lúcia Virgínia Mamcasz Viginheski, que trabalha com educação especial há 28 anos. No ano passado, a tese de doutorado desenvolvida pela pesquisadora foi escolhida pela Capes, que é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, como a melhor do Brasil, garantindo a ela o Prêmio Capes de Tese 2018 na área de Ensino. Na aula inaugural, a tônica da conversa com os mestrandos foi o estímulo ao desenvolvimento de recursos didáticos nas várias áreas do ensino abrangidas pelo mestrado, como Física, Química, Ciências Biológicas e Matemática.
“É uma forma da gente chamar a atenção desses mestrandos para a possibilidade de, cada um na sua área, investigar quais são as dificuldades que os alunos têm, as dificuldades que os professores têm de ensino e estarem desenvolvendo outros produtos. As pessoas com deficiência, apesar de estarem na escola já há algum tempo, a gente percebe que têm muitas carências nessa questão de recursos didáticos e encaminhamentos metodológicos”, disse Lúcia.
Rafaeli Ramos é uma das 18 mestrandos da turma de 2019 e avalia que as informações sobre inclusão de alunos com deficiência vão ajudar a entender e a melhorar o trabalho em sala de aula. “Em sala de aula a gente tem essa inclusão e é um tema que não é muito abordado na graduação. Então, acho que a gente tem um pouco de dificuldade para entender e para tratar esses alunos com deficiência em sala de aula. Por isso, é muito importante a gente começar a abordar esse assunto”.
Para a professora Ana Lúcia Crisóstimo, reunir os mestrandos da turma de 2019 em aula inaugural é mais uma forma de colaborar com a formação dos profissionais que, posteriormente, poderão contribuir com o desenvolvimento social. “Nós temos observado que os nossos egressos estão se inserindo em diferentes campos de trabalho – não só na área de ensino, que é o objetivo do mestrado. Para a nossa região, com certeza, esse mestrado é muito importante”, avalia Ana Lúcia.