Gastronomia em destaque nas atividades de encerramento do Encontro de Arte Folclórica
O folclore é o conjunto das criações de uma determinada cultura. E nada é tão forte e diz tanto sobre um do que a culinária. Por isso, uma das atividades do XXXI Encontro de Arte Folclórica da Unicentro foi dentro da cozinha. Na Faculdade Guairacá, os alunos do curso de Gastronomia receberam a visita de representante estrangeiros, que estão em mobilidade acadêmica na Unicentro.
A ideia, como lembra a coordenadora do curso de Gastronomia da Guairacá, a professora e chef de cozinha Leila Pires, era que a ajuda dos convidados enriquecesse as experiências dos alunos. “Os nossos alunos, durante o curso de Gastronomia, eles fazem experiências gastronômicas pelo mundo. Então, é muito importante a gente receber pessoas de outros países aqui, para aquela experiência, aquela vivência junto com nossos alunos”, afirma.
A proposta da noite era que os alunos montassem pratos típicos dos países de onde cada um dos intercambistas veio. Já o papel dos convidados era auxiliar os futuros chefs. Uma das pessoas que participou da dinâmica foi o Luis Rojas, da Colômbia, que trouxe o patacon, um prato que leva carne de frango, de boi e banana da terra. “Uma experiência muito legal, porque eu nunca experimentei ficar numa cozinha assim, tipo profissional, e dar as dicas de cozinha que a mãe dava para mim”.
Quem estava do outro lado também aprovou a prática. O aluno de Gastronomia Anderson Boese aprendeu a fazer um prato típico da cozinha venezuelana, os tequeños, que são bolinhos recheados com queijo colonial. “É bem bacana, bem interessante, a gente ter acesso a outras culturas, sair de dentro do nosso mundinho, nosso quadradinho, a gente conhecer pratos diferentes, sabores diferentes. Eu acho que a gastronomia é isso”, defende.
Enquanto todo mundo se mexia dentro da cozinha para terminar os pratos, do lado de fora, no saguão de entrada da Faculdade Guairacá, a dança típica, realizada pela invernada mirim do CTG Fogo de Chão, complementou a atividade. A primeira prenda veterana do CTG, Ormi Araújo acompanhou a “gurizada” durante a apresentação. “Os pequenos dançam e começam gostar e não saem mais. Do mirim a gente vai até a veterana, que é o meu caso, que já estou na veterana e danço há 40 anos no CTG. Eu acho que eles aprendem a amar essa tradição, essa cultura, e é muito lindo para eles”.
Toda a preparação, correria e trabalho duro da noite teve como resultado uma degustação com seis pratos típicos de diferentes lugares, uma maneira de mostrar um pouco de cada cultura pelo paladar. Uma das receitas mais chamou a atenção foi a do doce de coco com mandioca. Prato típico da culinária de Moçambique apresentado pela estudante de mestrado Maria Manjama. “Algumas pessoas estão um pouco curiosas, porque normalmente a mandioca é associada ao salgado. E o coco, as pessoas cá não tem muito o hábito de colocar nas refeições”.
Maria Regina Vargas, que faz parte da Pró-Reitoria de Extensão da Unicentro, também avalia a atividade como positiva. “Quando se fala em folclore, lembra-se sempre de música, de dança, costume nas vestimentas. Mas a comida está extremamente ligada. Por isso a importância da Guairacá abrir para nós virmos até aqui e trazermos a culinária como marco folclórico das várias culturas”.