Mandala Folk empolga a plateia do Encontro de Arte Folclórica
Um período histórico por muito tempo cercado de mistérios, marcado por obscuridades… A Idade Média ainda hoje desperta curiosidade e interesse. Por isso, como conta a professora Alexandra Lourenço, chefe da Divisão de Promoção Cultural da Unicentro, foi tema de ações desenvolvidas durante o Encontro de Arte Folclórica de 2018. “A tentativa de trazer algo diferente esse ano, um curso sobre música celta, música medieval e, também, uma apresentação musical. E eles propõe justamente isso, resgatar a produção popular tradicional, ressignificando, tornando, portanto, o folclore algo vivo”, salienta a chefe da Divisão de Projetos Culturais, professora Alexandra Lourenço.
As atividades foram realizadas tanto em Irati, quanto em Guarapuava. A aula, intitulada “História e Música Medieval na Península Ibérica”, foi ministrada por um dos integrantes do grupo Mandala Folk, o professor Mateus Sokolovski. “Eu sempre brinco que, nas minhas palestras, as pessoas não vão sair sabendo tudo sobre Idade Média. Mas, pelo menos, elas vão saber o que não é Idade Média. É um período que sofre muitos preconceitos por parte da sociedade”.
Participaram do minicurso, estudantes da Universidade e alunos do ensino fundamental. Independente da idade, todos aproveitaram ao máximo cada informação. Essa é o caso da Lívia Golinski, estudante do oitavo ano. “Muito interessante, vamos levar muito conhecimento pra dentro da sala”. Os professores da rede pública de ensino, como a Adriana de Godoy Rocha, viram na ação uma oportunidade única para as escolas. “Nossa! Estou indo embora maravilhada da palestra, com a oportunidade deles visualizarem o instrumento e o conhecimento. Estou muito feliz por eles e por mim também”, afirma.
Já o estudante do curso de História, Dener do Santos, acredita que o minicurso proporcionou muitas reflexões. “Eu acho que a arte tem que se aproximar da história, é uma coisa que poderiam andar mais junta, sabe? Coisa que a gente vê cada vez mais se distanciando”.
Se o dia foi da teoria, a noite foi da prática. Tanto em Irati como em Guarapuava, os integrantes do grupo Mandala Folk subiram ao palco e deram um show! No repertório, segundo o integrante da Mandala Folk, Thomaz Ozatski, músicas que aliam a tradição e o novo, instrumentos medievais e modernos. “A gente teve ideia de misturar música tradicional de vários países com uma roupagem mais moderna, com bateria, baixo, pra que isso fale a linguagem do dia de hoje”.
Uma mistura livre de preconceitos que agradou ao público. “Cultura celta, cultura medieval. Assim, para mim, está sendo algo inédito, porque é um tipo de cultura que não conhecia. Então, está acrescentando muito”, diz a professora Silvia Lopes. Já para o estudante Darlan de Oliveira, esse “é um evento diferenciado do que rola sempre e a gente tem que dar mais valor para cultura e arte folclórica”.