Vestibular dos Povos Indígenas está com inscrições abertas
O XVIII Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná está com inscrições abertas e os interessados têm até o dia 31 de agosto para se registrarem. A cada edição, o processo seletivo é organizado por uma das oito universidades públicas do Paraná. Nesse ano, a responsável é a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) que promove o Vestiobular em parceria com a Comissão Universidade para os Índios (Cuia) e com a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
Cada universidade estadual paranaense destinou seis vagas para os aprovados no Vestibular dos Povos Indígenas. Já a Universidade Federal do Paraná (UFPR) está disponibilizando 10 vagas, totalizando 52 vagas exclusivas para integrantes das comunidades indígenas do estado. “Ano passado, foram 650 candidatos. A demanda bastante alta”, conta a professora Juliane Sachser Angnes, presidente da Cuia.
Os indígenas que se inscreverem para a Unicentro, se aprovados, poderão escolher qual das 41 graduações ofertadas pela Universidade – cursarão. O primeiro passo do processo é a inscrição, que é feita pela internet, no site da UEPG. Os candidatos deverão preencher o formulário de inscrição e anexar uma autodeclaração reconhecendo-se como indígenas e, ainda, uma carta de recomendação assinada pelo cacique em que este atesta que o interessado é membro da terra indígena. Toas as informações referentes à inscrição, ao processo seletivo e à matrícula estão disponíveis no Manual do Candidato, também disponível na página do XVIII Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná.
As provas serão realizadas nos dias 21 e 22 de outubro, em Faxinal do Céu. No primeiro dia será avaliada a fluência na língua portuguesa. Para isso, os candidatos passarão por uma prova oral. Já no segundo dia, os candidatos farão a redação e uma prova objetiva, contendo 40 questões relacionadas à conteúdos básicos do Ensino Médio. Para a avaliação de língua estrangeira, o candidato pode optar entre quatro idiomas: inglês, espanhol, guarani ou kaingang.
As universidades paranaenses, segundo a professora Juliane, durante a prova oferecem todo o suporto aos candidatos. “Esses indígenas serão recolhidos na aldeia e serão deslocados até Faxinal do Céu. Lá, eles têm hospedagem e alimentação”, conta. A Unicentro, especificamente, está responsável pelos inscritos das aldeias localizadas nas cidades de Imbituva, Mangueirinha, Palmas e Turvo.
Nos dezessete anos de funcionamento do programa, a Unicentro é a segunda universidade do estado que mais recebeu estudantes indígenas: são 150 alunos. “Nós temos 11 alunos formados e todos estão trabalhando. Nós temos dois mestres e um em fase de mestrado”, ressalta Juliane.