Palestra traz a Unicentro pesquisador pioneiro da Educação Ambiental no país
Ensinar a preservar não é o suficiente. Essa foi a ênfase dada pelo professor Genebaldo Freire Filho, durante a palestra “Reflexos sobre a pesquisa em Educação Ambiental e Matemática”. Genebaldo é o pesquisador pioneiro da Educação Ambiental no país. O evento foi promovido pelo Enea, que é o Núcleo de Educação Ambiental vinculado ao Mestrado em Ensino de Ciências Naturais e Matemática.
A palestra abordou novas perspectivas em educação ambiental no contexto escolar, suas dificuldades e potencialidades. Segundo o professor Genebaldo, é necessário renovar as práticas de ensino ligadas à sustentabilidade. “Falar na reciclagem, na economia da energia elétrica, da luz, da questão da poluição do lixo, tudo são coisas realmente muito importantes e esse processo deve continuar. Porém, é muito pouco hoje. Nós temos que trabalhar ampliando a percepção, mexendo nos nossos sentidos – não apenas nos sentidos tradicionais, mas mexendo um pouco nas emoções também. Precisamos nos tornar seres mais sensíveis, termos gratidão por estarmos vivos, por começar a entender que somos uma população confinada na superfície de uma esfera, que tem recursos limitados, e que a vida é algo absolutamente raro”.
De acordo com o pesquisador, o cenário da Educação Ambiental brasileiro é positivo – tanto no mercado de trabalho onde os educadores atuam nas empresas e instituições, quanto nas pesquisas dentro das universidades. O estudante do curso de Biologia, Daniel Mazurek, afirma que a palestra é uma oportunidade única, por poossibitar a trica de ideia com o principal pesquisador do tema no Brasil. “A partir do momento que você consegue ter uma conversa com ele, que você consegue tirar dúvidas, isso te traz um esclarecimento. Então, você começa a trocar essa lente, você começa a interpretar de uma maneira diferente. Essa percepção que o professor tanto fala nos livros dele é o estopim, é o que vai fazer a gente mudar nossa visão de mundo, de homem, de meio ambiente e de ser humano enquanto protagonista naquilo que ele faz na terra”, afirma.
Além da palestra, algumas dinâmicas também foram promovidas com o intuito de promover a percepção do ambiente e da vida como dignos de gratidão. Para a organizadora do evento e coordenadora do Enea, professora Adriana Kataoka, é possível reorganizar as estratégias, unindo as perspectivas tradicionais com as novas propostas, apresentadas pelo professor Genebaldo. “Traz a dimensão afetiva, da emoção e até de uma dimensão que transcende a questão da materialidade. Então, essa é uma visão. Não é hegemônica, alguns não concordam, mas eu acredito que se a gente conseguir agregar a questão da preservação com a dimensão crítica politizada e mais essa dimensão espiritual, afetiva, estética, vem a compor essa complexidade que é o meio ambiente”.