Campus de Irati recebe exposição “A natureza de transformar”
A natureza vista pelo olhar do Sérgio Adão Filiopaki.A exposição “A Natureza de Transformar” expõe o dia a dia do técnico florestal, que trabalhou durante 37 anos na área de pesquisa florestal e meio ambiente. “A câmera fazia parte do meu dia a dia. Ou no bolso, ou no pescoço, sempre tinha uma câmera em mãos. Como eu trabalhava muito tempo no campo, dentro de florestas, ficava fácil de observar detalhes que, muitas vezes, a gente não consegue observar num outro tipo de serviço”, conta Sérgio.
No trabalho, Sérgio percorria trilhas com pesquisadores e ajudava na coleta de dados. As fotografias tiradas por ele serviram de exemplo e inspiração. Por isso, foram reunidas numa exposição organizada pelos colegas de trabalho, como uma homenagem. “Eu gostava muito de mostrar para quem estava no escritório o que estava acontecendo no campo – um detalhe, um animal colorido, uma vegetação diferente, uma afloração, algumas coisas assim. Eu ganhei essa exposição sem eu saber, eles fizeram escondido de mim. Foi uma surpresa. Foi uma homenagem da empresa para mim e para o meio ambiente”, detalha.
Além das fotografias, a exposição também traz quadros feitos em madeira e esculturas produzidas a partir de raízes de árvores. Todo esse respeito e amor pela natureza ficou evidente durante a fala de Sérgio, na conversa com o autor, promovida pela Diproc, que é a Divisão de Promoção Cultural do Campus de Irati. “É importante perceber que essa exposição nos traz um tema extremamente atual e importante, que é a questão da educação ambiental. Hoje, tivemos o bate-papo com o senhor Filipaki, e ele pôde salientar para nós, como através dessas fotos nós podemos perceber, essas interações que ocorrem na natureza e que, hoje, muitas vezes, passam despercebidas”, avalia a chefe da Diproc, professora Alexandra Lourenço.
E não passou despercebida pela Ana Carolina Keil. A estudante aproveitou o intervalo das aulas para ver de perto as fotos e esculturas em exposição. “Achei muito interessante, porque acho que ele consegue trazer um pouquinho de olhar que é muito particular dele, que a gente não consegue ver mesmo. E também mostrar a natureza, o quanto ela é incrível. Muito massa, muito massa, mesmo. Muito legal o trabalho”.
Com as obras, o expositor quer transmitir o amor e o respeito que tem pela natureza. Ele espera que as imagens conscientizem as pessoas sobre a importância da preservação do meio ambiente. “Conhecendo as coisas, a gente começa a ter mais amor por aquilo. Se você sabe a razão de ter um rio, uma água, uma nascente, você já vai evitar aquela ação humana de sujar aquilo. Essas imagens são importantes para que se produza conhecimento desse ambiente que a gente tem. Cuidem do meio ambiente. Olhem com olhar de carinho, porque nós não temos um outro lugar para ir. Apenas esse planeta. E como ele, não tem outro”, pede Sérgio.