Unicentro reúne médicos de Guarapuava para discutir projeto do curso de Medicina
A Unicentro deu mais um passo rumo a implantação do curso de Medicina ao reunir representantes da comunidade médica de Guarapuava para a apresentação do Projeto Pedagógico do curso. Além dos profissionais da área da saúde, a reunião contou ainda com a participação dos integrantes da Comissão para a Instalação do Curso de Medicina e dos professores Aldo Nelson Bona e Osmar Ambrósio de Souza, reitor e vice-reitor da Unicentro, respectivamente.
A abertura dos debates ficou por conta do professor David Figueiredo, que preside a Comissão de Instalação do Curso de Medicina. De acordo com o docente, o encontro cumpre, ao menos, duas importantes funções. “A Unicentro tem toda uma estrutura, um nome a zelar, publicações, pesquisas e estrutura de ensino. O curso, desse modo, tende a ser de excelência em médio e longo prazo. Então, esse é o primeiro papel. O segundo é mostrar para esses médicos, que eles podem ser futuros docentes, se capacitarem-se para isso. É um estímulo para que eles façam seus mestrados, doutorados, se envolvam com a área acadêmica”.
Já o reitor da Unicentro, professor Aldo Nelson Bona, ressalta que promover esse encontro simboliza respeito e parceria entre a Universidade e os trabalhadores médicos da região, além de ter uma função prática. “Abrir a eles o maior número de informações possíveis sobre o curso de Medicina, como está o seu processo de implantação, como é o seu processo pedagógico. Colocar-se a disposição para receber as contribuições, as opiniões, as sugestões da classe médica que vive o dia a dia da prática da Medicina nessa região e, portanto, tem relevante contribuição a dar na organização e na estruturação do nosso curso”.
Diversos especialistas foram convidados a participar da reunião. Entre eles, o médico e presidente do Instituto Virmond, Frederico Eduardo Virmond. O profissional mostrou-se otimista com a apresentação do projeto do curso e avalia que as Instituições médicas da cidade também têm muito a ganhar. “Eu acho que vai ajudar até os hospitais da cidade, no sentido de que eles serão os lugares onde os acadêmicos vão aprender. Então, vai fazer com que isso cresça, com que melhore a qualidade para poder ser uma fonte de ensino”, salienta.
Já a dermatologista Beatriz Garcia ressaltou a importância de reunir profissionais da saúde de diferentes áreas para debater as bases pedagógicas do curso. “Cada um de nós veio de escolas diferentes, de residências diferentes, de serviços diferentes e eu acho que essas coisas acabam contribuindo positivamente para a implantação do curso”, defende.
Outro assunto debatido durante a reunião foi o Programa de Residência em Clínica Médica, instituído em 2015 na Unicentro. Segundo o professor Aldo Nelson Bona, o programa foi fator chave na qualificação da Universidade para oferta do curso de Medicina. “Com a criação do nosso Programa de Residência Médica um grupo maior de médicos passou a se envolver diretamente com a Universidade atuando, inclusive voluntariamente, como preceptores. Isso nos anima muito e nos dá a tranquilidade de que temos sim condições de instalar e fazer funcionar um curso de Medicina de excelência”.
O cardiologista Abrão José Melhem Junior é um desses profissionais que atua na Residência em Clínica Médica. Ele acredita que, para além dos benefícios diretos que um curso de Medicina pode propiciar à comunidade, existe ainda outra função que deve ser levada em conta. “A gente acredita que pode melhorar bastante também para a excelência da produção científica e da qualificação de professores e alunos. Para qualificação própria da nossa Universidade, a Unicentro, que já tem trabalhos de ponta em várias áreas e, agora, vai poder contar com esses trabalhos também na Medicina”, afirma.
A expectativa do presidente da Comissão para Implantação do Curso de Medicina, professor David, é que novos encontros como esse se realizados ao longo do ano. “A ideia é estabelecer com a classe médica uma relação clara, para que eles entendam que o curso foi bem desenhado, bem projetado. Vai ter as suas dificuldades, os seus problemas, como qualquer curso. Mas a gente vai construir junto com eles. Essa é a ideia”, detalha.