Museu de Ciências Naturais expõe acervo itinerante no Paraguai
O trabalho desenvolvido pelo Museu de Ciências Naturais da Unicentro está agradando ao público que visita o local e ganhando visibilidade, inclusive, em outros países. Prova disso é que, nessa primeira semana de junho, o Museu realiza sua primeira exposição internacional. As peças do acervo itinerante serão expostas, no Paraguai, durante o Congresso Internacional do Meio Ambiente. “A exposição do Museu de Ciências Naturais será feita na Universidade Nacional del Este del Paraguay (UNE), a convite da Reitoria da Instituição paraguaia”, conta o diretor do Museu, professor Maurício Camargo.
A possibilidade de expor o acervo itinerante na universidade paraguaia foi vislumbrada durante uma visita de dirigentes da instituição de Ciudad del Est aos campi da Unicentro em Guarapuava e, também, ao Museu, que fica no Parque das Araucárias. Já as tratativas para a realização da exposição, segundo o professor Marcio Fernandes, ficou sob os cuidados do Gabinete da Reitoria da Unicentro. “A Universidade mantém uma cooperação ampla com a Universidad Nacional del Est, no Paraguai, uma das oito universidades públicas do país vizinho. Quando eles estiveram aqui, ficaram bastante encantados com o que viram e fizeram uma sondagem sobre o a possibilidade de participação, de alguma maneira, do Museu em atividades da Universidade, de maneira que a comunidade acadêmica de lá pudesse ver a exposição. Isso tudo porque nosso Museu é bastante raro, bastante ímpar”.
O acervo itinerante, levado ao Paraguai, conta com 100 peças. De acordo com o professor Maurício, quem visitar a exposição poderá conferir amostras de minerais, fósseis e insetos. “São aproximadamente 62 gavetas de insetos. Também vão alguns animais taxidermizados e levaremos alguns ossos de baleia, que é para deixar a exposição mais bonita, mais interessante com algumas coisas diferentes para um atrativo maior para o público. É uma pequena amostra do que nós temos dentro do Museu”.
Além do professor Maurício, seis monitores viajaram para o Paraguai. Antes de pegar a estrada, a acadêmica do terceiro ano da licenciatura em Ciências Biológicas, Gabriela Javorski, contou como será o trabalho, no país vizinho, ao longo dessa semana. “A gente vai realizar um trabalho parecido com aquilo que a gente já desempenha diariamente, o serviço que a gente já presta diariamente para comunidade ali no Museu. Então, a gente vai falar, explicar para eles o que é que eles estão vendo, a gente vai expor o nosso acervo, falar um pouquinho do significado das peças para o público em geral, para a comunidade científica, para os alunos, para todas as pessoas”.
A participação da Unicentro no Congresso Internacional de Meio Ambiente será custeada pela Universidad Nacional del Est. Além disso, de acordo o professor Maurício, a delegação também conta com o apoio da Prefeitura de Guarapuava. “Estamos indo, praticamente, a custo zero pela Universidade. A Prefeitura é uma grande parceira da Universidade e do Museu e colaborou conosco com dar uma van, que vai nos transportar o material até Foz do Iguaçu e em Foz do Iguaçu vai ter um veículo da UNE, que irá buscar”.
Para o professor, o convite é uma forma de reconhecimento de todo o trabalho de preservação das peças desempenhado pela equipe do Museu, pela Unicentro e pelo Município de Guarapuava. “É uma demonstração de que, embora nosso Museu seja pequeno, ele é fruto do esforço de três entidades – da Universidade, do município e da Fundação Bigarella – que tem como proposta atender e trazer a população mais para perto da Universidade, para que ela conheça o acervo e esse acervo seja integrado à vida das pessoas como um conhecimento que possa ser é útil para o futuro”, enfatiza.
Já para a acadêmica Gabriela, essa é uma oportunidade de agregar conhecimento e qualidade à sua formação profissional. “Participar dessa exposição internacional vai ser muito importante não somente porque a gente vai levar um pouco do nosso conhecimento, um pouco daquilo que a gente tem aqui no Museu para a Universidade, mas também pela troca, por esse intercâmbio cultural, essa troca de informações – não somente aquilo que a gente leva, mas também aquilo que a gente traz de volta, aquilo que a gente absorve um pouquinho deles. Acho que isso tende a agregar não somente na minha formação como bióloga, mas também na minha formação como professora”, afirma.