Doutoranda em Química conclui etapa de estudos em Portugal
A mobilidade internacional, nos últimos anos, tem sido muito estimulada na Unicentro. A Universidade também tem empenhado esforços no estabelecimento de parcerias com instituições de ensino superior de outros países e com programas de financiamento do intercâmbio. Assim, o crescente número de estudantes que realizam a mobilidade em outros países é resultado das políticas institucionais que incentivam e dão suporte.
Uma das beneficiadas com o intercâmbio foi a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Química, Graciela Heep. Ela foi contemplada pela Capes, que é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, com uma bolsa para doutorado-sanduíche e passou sete meses desenvolvendo parte de sua pesquisa na Cespu, que é a Cooperativa de Ensino Superior Politécnico Universitário, que fica em Gandra, na região metropolitana do Porto, em Portugal.
O projeto desenvolvido por Graciela tem como título “Avaliação e desenvolvimento de nanopartículas de caseína contendo ácido ferúlico” e tem como objetivo trabalhar a permeabilidade intestinal a partir de duas nanopartículas proteicas também desenvolvidas pela pesquisadora. O trabalho em Portugal, de acordo com Graciela, deve possibilitar a realização de experimentos que, até então, não eram possíveis de serem feitos no Brasil. “Fui até lá para fazer esses ensaios de permeabilidade e testei as duas nanopartículas desenvolvidas aqui. Agora, com o meu retorno, a gente está viabilizando para que eu consiga fazer esses experimentos aqui também com partículas de outros alunos. Ou seja, implementar isso aqui no laboratório e fazer com que nós consigamos replicar”, conta.
Segundo Graciela, o período que passou em Portugal foi fundamental para a otimização dos resultados obtidos até agora. “O mais relevante, realmente, acaba sendo um resultado obtido em Portugal, que é a permeabilidade intestinal – um resultado feito in vitro, que hoje é eticamente até melhor. Isso valeu toda a viagem, todo o trabalho lá, porque para o meu trabalho agregou muito”, afirma.
O professor Najeh Maissar Khalil, orientador de Graciela, destaca a importância da vivência internacional para o desenvolvimento das pesquisas. “Existe hoje um estímulo muito grande para que haja a internacionalização. Isso contribui muito e efetivamente para os projetos de pesquisas e, também, para as possíveis futuras publicações. Então, sempre quando há uma oportunidade – especialmente na parte de financiamento de bolsas – para um dos nossos alunos de mestrado ou doutorado poderem fazer esse sanduíche ou outro tipo de curso numa cidade que tem renome, com pesquisador que tem já um renome na área, isso auxilia muito no desenvolvimento de novas técnicas e novos conhecimentos para o nosso laboratório. Além de auxiliar muito também o aluno, que vai ter uma experiência única de poder ir para outro país, em um laboratório que faz, que executa projetos também de ponta, no seu conhecimento e na sua formação”.
De volta ao Brasil, Graciela garante que a experiência de desenvolver parte da pesquisa em outro país valeu a pena. “Eu voltei muito feliz por ter conseguido adquirir todo esse conhecimento, realmente conseguir desenvolver o trabalho, a proposta que foi feita. Então, foi a parte mais legal”, analisa.