Professor da Unicentro participa do Congresso Internacional da Elsevier, no Hawai
Inovar na pesquisa também é um dos objetivos da Unicentro. Prova disso, é que dois experimentos realizados nos laboratórios do Campus Cedeteg foram apresentados em evento internacional na área de ciência de materiais e nanotecnologia, o Congresso Internacional da Elsevier. O professor Fauze Jaco Anaissi, do Departamento de Química, é o orientador das pesquisas e foi o responsável pela disseminação das mesmas no estado americano. “Inicialmente, foram submetidos mais de 900 resumos e só foram aprovados 300. Ou seja, de cada três, dois foram recusados e nós tivemos a felicidade de ter dois trabalhos aceitos. Uma característica particular do evento é a grandeza das revistas envolvidas na promoção e a presença de grandes nomes das universidades americanas que trabalham com materiais”, conta Fauze.
Os trabalhos apresentados pelo professor tem como tema a produção e a utilização de pigmentos coloridos – assunto que ele estuda desde 2012. Uma das pesquisas é resultado dos trabalhos desenvolvidos como dissertação pela Julia Oliveira Primo e objetivou alcançar tons de verde para possibilitar ambientes mais frescos. Para explicar a importância do trabalho, o professor Fauze faz uma analogia. “Quando você quer um lugar mais fresco você busca uma árvore frondosa, bem verde porque ali você sabe que a temperatura é mais amena. Então, quem faz isso é a cor verde da planta. A gente aplicou isso no pigmento verde de um trabalho de mestrado”.
Para a Julia, ter parte da sua pesquisa de mestrado divulgada em um evento internacional é uma realização pessoal. “Levo como uma motivação para eu não desistir, para eu continuar nessa linha, para eu continuar a fazer ciência, que é o que eu gosto de fazer, de ser pesquisadora”. A outra pesquisa apresentada por Fauze, no Hawai, trata da extração de pigmentos coloridos de resíduos de alumínio, como os lacres das latas de refrigerante.
Como a participação no congresso foi possibilitada por recursos do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da Fundação Araucária, o objetivo, agora, é tornar os resultado obtidos até aqui ainda mais visíveis. Para isso, artigos científicos estão sendo formatados para, segundo o professor Fauze, serem enviados para as revistas Materials Today, organizadoras do evento. “Vamos ser audazes o bastante de submeter para essas revistas. Então, se a gente tiver um aceite numa revista dessa, a penetração internacional dos nossos trabalhos será quase imensurável pela grandeza da revistas”, avalia.
A visibilidade e o reconhecimento que a Unicentro ganha é outro aspecto observado pelo professor Fauze. Afinal, estavam no congresso delegações de países tidos como referência para as pesquisas na área. “Você vê o que está acontecendo na China em termos de Ciência, na Coréia. Tinha pesquisadores do Japão, da França, da Polônia, da Bélgica, da África, do Egito e de algumas universidades do mundo árabe, como o Marrocos. O que mais chamou minha atenção foi Cingapura, hoje um centro de ciência e tecnologia. Isso reflete na avaliação do Programa de Pós-Graduação em Química, reflete na qualidade da Universidade. As pessoas começam a enxergar de onde estão vindo essas pessoas e o que se faz numa Instituição no interior do Brasil”.