Workshop para elas é atividade pelo Dia das Mulheres na Unicentro
Pensando em proporcionar uma tarde de reflexões voltadas para as mulheres, o patronato e a defensoria pública, realizaram o “Workshop para elas”. A ação abordou questões como os diferentes tipos de violência contra a mulher e o empoderamento feminino. E, segundo a secretária Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Guarapuava, Priscila Schran de Lima, teve como objetivo proporcionar a troca de conhecimento entre as participantes.
“Eu acredito que quando a gente consegue reunir as mulheres para falar sobre a dimensão dos seus direitos, a gente consegue empoderá-las; quando a gente fala que ela precisa conhecer o seu corpo, sobre métodos contraceptivos, sobre sua saúde, da decisão dela querer ser mãe ou não ser mãe, ela consegue administrar melhor sua vida, ela consegue acessar melhor as políticas públicas, e consegue ser mais empoderada. Então, essa ação da Defensoria com a Unicentro, com o Patronato, ela vem contemplar exatamente uma das dimensões do ser mulher”, explica Priscila.
Nesse sentido, um dos assuntos discutidos foi as formas de violência doméstica, abordado pela assistente social Adriele Inácio. “Falamos sobre a questão das diferenças, que são impostas pela sociedade, na relação entre homem e mulher e, também, dos tipos de violência e as características de cada uma delas. Isso porque, muitas vezes, a mulher está em uma situação de violência e ela não entende que está nessa situação, ela entende aquilo como normal, como corriqueiro. Afinal, viu em casa, o pai e a mãe eram assim, os tios eram assim, os vizinhos… E ela entende que ela também tem que viver aquela situação, daquela forma, sofrendo com seu companheiro”.
Outra preocupação de Adriele era que as participantes saíssem conhecendo quais são os órgãos de atendimento à mulher em situação de risco, em Guarapuava. “Apesar de existir muita informação, elas ainda sofrem situações de violência em seus lares, ainda não sabem onde procurar os serviços de atendimento que existem no município. Por isso, às vezes, acabam procurando locais errados e, aí, têm uma má impressão desse serviço, de que ele não funciona. Então, sempre esclarecer, falar das situações de violência, contar onde ela pode procurar ajuda e o auxílio para sair dessa situação se torna importante. É por isso que a gente continua, durante todo o tempo, reforçando, trabalhando e tratando sobre a questão da violência contra a mulher”, reforça Adriele.
Em um ambiente de troca de experiências, as participantes relataram suas histórias e foram capazes de identificar situações de violência que fazem parte do dia a dia delas. “Nós vivemos em uma sociedade que nós aprendemos sempre a ficarmos submetidas as regras impostas pelos homens, a ideia de empoderamento é um pouco de ter consciência sobre o poder que nós, mulheres, temos também para transformas as nossas vidas e a sociedade”, explica a psicóloga Priscila Fortini.
E quem estava na plateia, como a dona de casa Sandra Domingues, aprovou a iniciativa. “É gratificante a gente cada vez estar se informando, nunca a gente sabe tudo, sempre falta alguma coisa. Então, cada palestra, cada informação que eles passam para a gente é muito importante, eu adorei”.