Integ/Unicentro apresenta inovação no cultivo de batata no Dia de Campo de Verão da Agrária

Quem é produtor rural sabe o quanto é importante buscar, constantemente, as novidades para o cultivo de grãos e vegetais e para a criação de animais. Uma das formas de atualização é a participação em eventos técnicos, como o Dia de Campo de Verão promovido anualmente pela Cooperativa Agrária e pela Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), no distrito de Entre Rios, em Guarapuava.

Neste ano, o evento contou com 32 estandes de empresas voltadas ao agronegócio. Um deles tinha a marca. da Unicentro, através Incubadora Tecnológica da Universidade. A Integ levou ao Dia de Campo um produto inovador desenvolvido por uma das empresas incubadas: a Biotech Sementes. “O nosso objetivo, com essa participação, é conversar com os integrantes do meio agro, nos inteirando do que já é desenvolvido e buscar novas visões, novas parcerias. Acima de tudo, nós buscamos trazer de lá informações sobre problemas tecnológicos que o agronegócio enfrenta e que nós podemos buscar soluções tecnológicas aqui, na Agência. E para isso, nós também apresentamos como promovemos essa inovação, a partir da apresentação de um caso específico que a semente de batata desenvolvida pela Biotech”, esclarece a diretora de Propriedade Intelectual da Agência de Inovação, Cláudia Crisostimo.

Sementes de batata da Biotech têm como inovação o desenvolvimento em suspensão, fora da terra (Foto: Maíra Machado)

Essa já é a segunda vez que a Biotech Sementes expõe em um evento promovido pela Agrária e pela Fapa. Neste ano, os responsáveis pela empresa, Everson e Eduardo Kunz, puderam apresentar aos produtores os benefícios da semente que eles desenvolveram com o apoio da Integ. “Os diferenciais dessa semente são dois. Primeiro, a sanidade. Nós entregamos, junta com a semente, um certificado, uma garantia nesse sentido. O segundo é a forma como ela é produzida, através de um sistema de aeroponia, que é uma tecnologia recente cheia de vantangens”, ressalta Everson.

O sócio da Biotech Semestes explica que a aeroponia é um sistema de cultivo que não utiliza o solo. Nele, as plantas ficam em uma bancada suspensa e, em determinados intervalos de tempo, recebem a aspersão de nutrientes dissolvidos em água diretamente nas raízes. Dessa maneira, segundo o biólogo, é possível obter uma produção padronizada de batatas. “Como as plantas estão suspensas, as batatas vão fazer uns cachinhos, vão dar tubérculos na planta. Então, a gente vai lá e colhe quando elas alcançaram o tamanho que a gente quiser. Essa é a nossa vantagem. Para o produtor, a vantagem seria ter os tubérculos sempre do mesmo tamanho, padronizados, com elevada produção e sanidade”.

Essa forma de cultivo de batata é uma novidade para o seo Marcos Kyioshi, que cultiva batatas há 25 anos. “É a primeira vez que eu estou vendo essa sistema e estou gostando. É uma novidade para a gente que é produtor de batata. Hoje, para batata, é muito pouco o que a gente tem de inovação, de tecnologia em cultivares. Esses eventos abrem muitas porta para a gente”.

Além de contribuir para a atualização dos produtores, o Dia de Campo também é um ambiente de aprendizado para estudantes de Agronomia da Unicentro. O acadêmico Thobias Lehmann, por exemplo, foi um dos que visitou os estandes. “É bastante importante porque aqui porque a gente vê novas tecnologias em relação à semente, produto, máquina. Tem as palestras também”.

Para os expositores, como é o caso da Biotech Sementes, participar do Dia de Campo é uma oportunidade para abrir portas no mercado da região. Para Everson, a participação da empresa se deve ao apoio recebido por parte da Incubadora Tecnológica da Unicentro. “Nós somos uma empresa incubada, nós nascemos na Integ, que é Unicentro. Então, a Unicentro foi imprescindível para nosso sucesso e a Integ também por acreditar na nossa ideia. Hoje a gente está aqui com grandes produtores no nosso estande porque eles acreditaram nessa sementinha, nessa ideia e, agora, estamos fazendo parte do mercado e do evento para mostrar o que nós temos, que é nossa batata-semente”, destaca.