Três técnicas de manejo e seus efeitos no solo são testadas por projeto de pesquisa da Unicentro apoiado pela Fundação Araucária
Outro projeto da Unicentro aprovado pelo edital público da Fundação Araucária por meio do Programa de Rede Paranaense de Apoio à Agropesquisa e à Formação Aplicada é o intitulado “Indicadores microbiológicos do solo sob plantio direto associado a outras práticas conservacionistas na região centro-sul do Paraná”. A pesquisa é coordenada pela professora Adriana Knob, do Departamento de Biologia e tem como objetivo analisar as condições das áreas de produção agrícola. Para isso, a microbiologia vai ser usada como ferramenta de avaliação da qualidade do solo.
O estudo quer compreender como os microorganismos presentes no solo reagem a diferentes técnicas de manejo e possibilitam a sustentabilidade das regiões agrícolas. “Nós vamos verificar como está a microbiota no solo em um sistema, primeiramente, sem terraceamento, com plantio direto, ou seja, a prática simples. Depois, com a presença do terraceamento, que é uma prática de conservação para evitar a erosão do solo. E, posteriormente, nós vamos ter uma terceira parcela de estudo em que nós vamos verificar o efeito de uma adubação verde. Tudo isso utilizando os parâmetros microbiológicos, que são excelentes indicadores da qualidade do solo”, explica a coordenadora do projeto.
Durante o primeiro semestre de atividades, as ações foram no sentido de organizar as atividades seguintes, como a adaptação das metodologias necessárias para essas análises. Já nesse ano, está tendo início a fase de coletas, que durará, segundo a professora Adriana, três anos e meio. Para os estudos, a Fundaçãoi Araucária disponibilizou 87 mil reais. Parte dessa verba, detalha a pesquisadora, “tem como destinação o pagamento de bolsas para um aluno de graduação, que vai nos ajudar na condução dos experimentos – nós teremos inúmeras amostas para analisar. O restante está direcionado para a aquisição de reagentes para a realização das análises e, também, para a compra de alguns equipamentos permanentes”.
Para a professora Adriana, a aprovação do projeto fortalece o trabalho que já vem sendo desenvolvido em âmbito acadêmico e valoriza a aproximação entre os pesquisadores da Universidade. “O que eu acho mais válido, além da aprovação desse montante considerável de recursos, é que houve a mobilização de vários pesquisadores aqui da Universidade – que, muitas vezes, estavam distanciados mesmo atuando em linhas de pesquisa afins. Então, por meio da viabilização desse projeto, a gente pode consolidar uma linha de pesquisa bastante interessante aqui para a instituição”, avalia.