Projeto Redesastre recebe drone e estação metereológica
Desde o ano passado, a Unicentro faz parte da Redesastre, que é a Rede para Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação Tecnológica voltada à Redução dos Riscos de Desastres no território paranaense. Esse programa é gerido pelo Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped) e deve ser executado em quatro etapas. Na Universidade, as ações são voltadas à prevenção dos riscos de inundação. Para isso, o projeto recebeu equipamentos, que vão auxiliar no desenvolvimento das atividades programadas.
“Chegou uma verba e dentre alguns dos equipamentos chegou o drone, as estações e temos outros que estamos aguardando ainda. Com isso, a gente consegue, caso tenha uma inundação, delimitar o que a gente chama de mancha de inundação. E se a gente souber o limite da inundação, a gente consegue implementar, de fato, as áreas de risco e ações de prevenção especificas”, explica o coordenador institucional do projeto na Unicentro, professor Paulo Nobukuni, do Departamento de Geografia.
O drone e a estação meteorológica deverão auxiliar no monitoramento e na delimitação das áreas com possíveis riscos de inundação em Guarapuava. A estação será instalada na área experimental do projeto e, segundo a bolsista Samira Fanti, possibilitará, por exemplo, medir a velocidade do vento e registrar os níveis de precipitação e umidade do ar. “Esse levantamento que a gente fizer com a estação a gente vai monitorar periodicamente, a gente vai coletar as informações que ela registrou e, através dessa coleta, a gente vai conseguir ter um levantamento naquele período analisado. Através desse levantamento, a gente consegue pensar em soluções para problemas que a gente tem aqui no município”.
Já o drone vai auxiliar no registro das manchas de inundação no caso da ocorrência de novos eventos dessa natureza. “Quando a gente for trabalhar com a mancha de inundação, ela não vai durar por muito tempo. Então, a gente tem que chegar lá e executar o trabalho da melhor maneira possível e com qualidade. Com esses equipamentos, a gente consegue delimitar, analisar a área, como aconteceu, o porquê aconteceu, e talvez quando vai acontecer novamente”, detalha o acadêmico de Geografia, Murilo Pontarolo, que também faz parte do projeto.
Outra novidade é a parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. As atividades em conjunto deverão trabalhar no sentido de evitar possíveis desastres por inundação na cidade. “Para nós, prefeitura e município de Guarapuava, é muito importante a gente trabalhar com esse projeto no sentido de que nós vamos estar reduzindo os riscos de desastre, que podem vir a acontecer por inundações aqui no nosso município, tendo em vista que nós já sofremos com isso no ano de 2014, quando nós sofremos com uma enchente muito intensa”, afirma Selba Peres Lopes, que é funcionária da Secretaria, falou sobre a importância da parceria.
Para os acadêmicos, participar das atividades do projeto é uma maneira de colocar em prática as atribuições da futura profissão e, ainda, contribuir para evitar a incidência de desastres na região. “Você trabalha com análise, com pesquisa, com planejamento e coloca em prática as propostas que a gente pensa para solucionar os problemas”, reflete Samira.