Projeto Imbituvão reune produtores de mel e pesquisadores de abelhas nativas, sem ferrão

Projeto Imbituvão reune produtores de mel e pesquisadores de abelhas nativas, sem ferrão

As universidades, por princípio, devem, simutaneamente, desenvolver atividades de ensino, projetos de pesquisa e ações de extensão. O projeto Imbituvão, por exemplo, agrega todos esses princípios e, nos últimos anos, vem sendo desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Florestal junto ao pequeno produtor rural do centro-sul paranaense, com o objetivo de agregar sustentabilidade ambiental e geração de renda. Uma das ações do projeto é a meliponicultura, que é o cultivo de abelhas nativas, sem ferrão, para a produção de mel.

Produção de mel por abelhas nativas podem ser associado, de modo sustentável, a outras atividades na pequena propriedade rural

Por isso, o Campus de Irati sediou o 11º Seminário Paranaense de Meliponicultura. Carlos Henrique Nauiack, gerente técnico do Imbituvão, conta que sediar o seminário foi uma resposta aos anseios dos produtores da região, que buscam mais informações sobre a prática. “O meliponídeo entra, para a maioria deles, como atividade secundária, porque ainda é iníciodo processo. As associações estão se articulando, as produções se organizando, mas está tudo muito no início, apesar de ser uma atividade muito antiga”, contou.

Luiz Fernando Wolf é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Para ele, a Unicentro acerta em se tornar uma parceira da cultura, já que a região tem muito potencial nesse campo. “A meliponicultura é pujante no estado do Paraná e a Unicentro tá sendo vanguardista em trazer os meliponicultores e as meliponicultoras aqui para dentro”.

Produtores participaram de seminário em busca de técnicas

Um dos produtores que buscou o Seminário para aprimorar suas técnicas foi Manoel Cardoso. Participante de um dos minicursos do evento, ele vê na Meliponicultura uma oportunidade de incrementar sua renda, sem destruir o meio ambiente. “A gente já achou algumas colmeias no mato e, aí, está aprendendo a cultivar elas e produzir o mel. Mas como falta técnica, a gente veio aqui para buscar esse aprendizado”, relatou.

Palestrante do evento, o professor da Universidade Federal do Paraná e integrante da Câmara Técnica de Meliponicultura do Paraná, Renato Rau, afirma que a troca de informações realizada em seminários como esse é a principal chave para o crescimento da cultura. “Esse tipo de encontros, a Câmara Téncica da Meliponicultura do Paraná incentiva muito, principalmente como divulgação da meliponicultura, mas também da disseminação do conhecimento entre os meliponicultores de técnicas novas de manejo, perspectivas de mercado, para que essa cadeia produtiva cresça cada vez mais”. reiterou.

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