Dezenas de apresentações culturais integraram programação da V SIEPE
A V Semana de Integração Ensino Pesquisa e Extensão teve como objetivo aproximar os três pilares que regem a Universidade. O evento é bianual e, nessa edição, foi organizado pela Pró-Reitoria de Ensino. A programação contou com atividades que contemplavam os três eixoso. Entre as organizadas e promovidas pela Pró-Reitoria de Extensão estavam as apresentações culturais – mais de 30, no total, desenvolvidas dentro e fora da Universidade, em sua maioria relacionadas com o tema central da Siepe desse ano: “Direitos humanos, dialogando sobre a diversidade”.
Uma dessas atividades culturais foi a “Sintonizando os direitos humanos e a cultura Hip-hop”, que lotou o auditório Francisco Contini e contou com a organização do radialista Mano Hood. “A extensão é trazer a comunidade para a Universidade e a Universidade ir até a comunidade. Então, nada melhor que se trabalhar a cultura urbana dentro da Unicentro”, defende.
Para isso, as apresentações de hip-hop buscaram mostrar um pouco dos quatro elementos que norteiam o movimento: o rap, o break dance, a discotecagem e o grafite. Para Mano Hood, a ideia da cultura hip-hop é resgatar as pessoas, trazendo-as de volta a vida. “Além disso, hoje, uma das ideias é desconstruir os preconceitos, explica.
Além de atrações com artistas locais, o Auditório Francisco Contini também recebeu convidados de outras cidades, como Poeta Loko, DJ Samu e WMC, de Campo Mourão e Londrina. Os rappers contam que encontraram na música uma maneira de se expressar. “O pessoal, principalmente da periferia, eles não têm voz. É como se fosse uma voz sem voz. Então, eles acham dentro da cultura hip hop, principalmente através da música, uma forma para eles mostrarem, tentarem mostrar a igualdade que eles também vivem, que eles também tão ali, que eles também amam, que eles trabalham, que eles são seres humanos também e tentam trabalhar nessa igualdade”, ressalta WMC.
As mulheres também estavam representadas das apresentações de hip-hop. A dupla “Donas” é formada por Pantera do Gueto e pela Scheyla de Oliveira e milita em defesa dos direitos das mulheres. “A nossa música passa uma mensagem sempre positiva para que a mulher não desista do que ela quer, por mais que existam os preconceitos, a gente sempre tem que ter um caráter muito forte apesar de tudo isso”, conta Pantera. “Nós, como mulheres, estamos fazendo história aqui”, acrescenta Scheyla.
As apresentações agradaram o público, como a estudante de Pedagogia, Caroline Santos. “Eu acho muito importante mostrar essa cultura, que a gente tem em Guarapuava hoje em dia, uma cultura que cresce a cada dia. Então, essa demonstração da cultura aqui, a participação do pessoal, é muito importante pra disseminação”.
As apresentações privilegiarem várias linguagens artísticas, como a música, a dança, e o teatro. As esquetes – intituladas “Di-versos” – foram produzidas pela Companhia Arte e Manha e trataram, sempre, do respeito à diversidade. A Adriana Kovalski, que acompanhou as apresentações, entendeu o recado. “Cada um é individual, tem sua maneira e todo mundo tem que respeitar esse é o mais importante”, diz. Segundo a diretora da Arte e Manhã, Rita Felchak, as esquetes tinham um recado principal: “Tudo que você faz de bom ou de mau, volta pra você”.
Luna Marques, aluna de Jornalismo, participou de várias atividades durante a Siepe. “As apresentações culturais são uma maneira da gente discutir temas que são pertinentes dentro da Universidade, que são discutidos dentro da sala de aula e que têm que ser trazidos para o público e sempre as apresentações culturais são uma maneira de fazer isso”, exemplifica.