Unicentro dá início às atividades do projeto “Guarapuava Educadora”
Expandir o processo de ensino e aprendizagem para além das salas de aula, valorizando os espaços públicos para aprender com a cidade. Esse é o mote do projeto “Guarapuava Educadora: Juventude educando-se na/com a cidade”, uma das propostas da Unicentro desenvolvidas através do programa estadual Universidades Sem Fronteiras.Articulando ensino, pesquisa e extensão, a atividade extensionista busca envolver a Universidade e a comunidade em ações para promover o uso de locais comuns para a produção de conhecimento.
A coordenadora do projeto, professora Marquiana Vilas Boas Gomes, do Departamento de Geografia, explica a importância de se discutir como se desenvolvem as relações sociais por meio da cidade. “Começamos a perceber que as relações das pessoas com a cidade podem ser propulsoras de educação para a inclusão e para a cidadania. Assim, como a gente percebe também que alguns espaços que deveriam ser inclusivos acabam sendo excludentes”, destaca.
No lançamento do projeto, realizado no campus Cedeteg, a secretária Municipal de Educação de Guarapuava, Doraci Senger Luy, ressaltou a relevância do projeto ao mostrar a cidade por uma nova perspectiva. “O que vai nos ajudar bastante é, hoje, poder entender como o jovem que está na escola pensa a cidade, como ele se sente dentro da cidade de Guarapuava e dar oportunidade para que ele também conheça a cidade, estar oportunizando momentos de encontro”.
O compromisso com o cuidado dos espaços públicos foi pontuado pela representante do Núcleo de Educação, Dagmar Ingrid Marcondes. “Devemos desenvolver essa cultura de cuidar. Cuidar do que temos. Inicia-se na escola, o cuidado com a escola, o patrimônio público. Temos que conscientizar que o que nós temos em relação á praças, enfim, a tudo que está na cidade faz parte de cada um. Então, nós precisamos desenvolver esta relação de pertencimento”, analisa.
O projeto “Guarapuava Educadora” tem parceria com seis escolas estaduais de Guarapuava, sendo duas delas localizadas na área rural – os Colégios Estaduais do Campo da Palmeirinha e Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães, que fica no distrito do Guará. As outras quatro escolas participantes são os Colégios Estaduais Padre Chagas, Tupi Pinheiro, Cristo Rei e Professora Dulce Maschio.
A proposta de explorar novos lugares no processo de ensino-aprendizagem vem para colaborar com o desenvolvimento educacional. Para a diretora do Colégio Estadual Cristo Rei, Estelamaris Pires, ganham os estudantes e, também, a comunidade como um todo. “Além da sala de aula, é uma nova metodologia, porque é abrangente, é dinâmica, é envolvente. O aluno não fica só na sala de aula com a leitura e a pesquisa. Mas ele sai, conversa, vê os acontecimentos e interage com o público. E isso, para nós, é muito gratificante, como gestores de uma escola”, pontua.
Já Simony Domingues, professora do Colégio Estadual Dulce Maschio, vê o vínculo entre Universidade e escola como necessário, porque é nesse momento que se percebe de que forma a teoria é colocada em prática. “Quando a gente percebe que a Universidade olha para nós que estamos lá na escola, onde as coisas realmente funcionam, onde as pesquisas viram experiências, eu acho que é bem gratificante para nós enquanto educadores, que estamos sendo percebidos pela Universidade. E para a Universidade enquanto ambiente de pesquisa que precisa do nosso apoio, da nossa força para que a pesquisa seja levada adiante e tenha uma comprovação”.
O vice-reitor da Unicentro, professor Osmar Ambrósio de Souza, ressaltou que o projeto vai contribuir para a formação cidadã, por meio de mecanismos que levam o ensino, a pesquisa e a extensão até a população. “A Universidade é colocada no contexto da sociedade, no contexto das escolas e entes públicos na formação do jovem, não só daqueles que estão na Universidade, mas sim, do jovem da cidade. Porque a cidade se torna uma grande escola e essa grande escola que nesse projeto está sendo reconhecida para apropriar e dar empoderamento ao jovem no aproveitamento dos espaços da cidade. é por meio do espaço da cidade crescer como cidadão e reconhecer os seus direitos, seus deveres para conviver muito bem e m sociedade”, conclui.