Professores dos campi de Guarapuava participam de Oficina de Aprimoramento da Voz
Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), problemas com a voz estão entre as principais causas do afastamento de professores da sala de aula. E foi pensando, justamente, em evitar situações como essa que a Unicentro, através de seu Programa Institucional de Formação Continuada (Entredocentes), está promovendo a oficina “Aprimoramento da Voz e da Comunicação do Professor Universitário” para os docentes dos campi universitários de Guarapuava – Cedeteg e Santa Cruz.
De acordo com a coordenadora do Entredocentes, professora Wanda Pacheco dos Santos, o cuidado com a voz esteve, desde o início, na pauta do programa. “Nós sabemos o quanto a voz é importante para nós, professores. Então, foi uma das primeiras temáticas a ser desenvolvida pelo programa, e aí a conversa toda com o Departamento de Fonoaudiologia, com a clínica de Fonoaudiologia, que é nossa parceira e a gente espera que essa oficina possa ser ofertada todos os anos, tanto em Irati quanto em Guarapuava”, destacou.
No primeiro encontro, os docentes receberam orientações sobre como a voz é produzida e também entenderam a importância dessa ferramenta no processo de ensino-aprendizagem. “A gente também vai jogar um pouquinho para a aula dos professores, como é a comunicação dentro da sala de aula, quais são os riscos que eles encontram durante as aulas e as problemáticas na comunicação durante o ensino aprendizagem”, complementou a professora do Departamento de Fonoaudiologia, Larissa Thais Donalonso Siqueira, responsável por ministrar a oficina.
A focoaudióloga conta que qualquer problema na voz pode impactar, diretamente, na transmissão do conhecimento. “O professor precisa da voz porque esse é o seu instrumento de trabalho. Ele precisa cuidar dessa voz antes que o problema apareça porque, aí, vai trazer problemas na sua comunicação, e também para desenvolver o seu papel dentro da sala de aula”, ponderou.
A docente do Departamento de Pedagogia, Solange Aparecida de Oliveira Collares, uma das participantes da oficina, acredita que discutir a temática da voz é importante até mesmo em virtude do clima de Guarapuava. “Devido a umidade, as temperaturas que acabam oscilando. E isso, de certa forma, acaba prejudicando o desempenho da voz do professor e através da oficina eu tenho condições de aprender um pouco mais, de como eu posso cuidar melhor do meu equipamento, vamos dizer assim, da minha ferramenta de trabalho que é a voz”, comentou.
Leandro Rampim é professor do Departamento de Agronomia e também participou da oficina. Ele revelou que um dos assuntos que mais lhe chamou a atenção durante o encontro foi a utilização correta da voz na hora de lecionar. “A oficina permite para nós, professores, aprimorarmos como nos expressar, como utilizar a voz adequadamente e, com isso, melhorar a forma de ensinar aos alunos, utilizando diferentes formas da voz e entonações diferentes durante a aula ao repassar os conteúdos”.
A Coordenadora do Entredocentes espera que, em Guarapuava, os resultados da oficina sejam tão positivos quanto os alcançados no campus de Irati. “Nós tivemos uma consequência dessa oficina. Professores que foram avaliados com algum tipo de dificuldade da voz foram encaminhados para a Clínica e estão sendo atendidos pelas professoras. Então, acho que isso foi um fator muito positivo do curso”, destacou Wanda.