Oficina de Aprimoramento de Voz é promovida pelo Programa Entredocentes

Oficina de Aprimoramento de Voz é promovida pelo Programa Entredocentes

Para aprimorar a atuação do professor em sala de aula, unindo os aspectos de voz, fala e comunicação, o Programa Entredocentes da Unicentro está promovendo a oficina “Aprimoramento da Voz e da Comunicação do professor universitário”. O primeiro encontro já foi realizado, e os próximos serão nos dias 10 de outubro, segunda-feira, e 07 de novembro.
“O Entredocentes tem a preocupação de trazer temas atuais e que de certa forma preocupam o professor, no sentido de que ele possa se desenvolver melhor. E essa oficina já estava nos nossos planos desde o ano passado. É uma temática interessante e necessária, nós usamos nossa voz no dia a dia”, explica a coordenadora do Entredocentes, professora Wanda Pacheco dos Santos.

As atividades da oficina estão sendo ministradas pela professora do Departamento de Fonoaudiologia, Ana Paula Dassie Leite. Ela destaca que o foco da atividade é o aprimoramento das habilidades comunicativas. “Estamos trabalhando com questões relacionadas à qualidade da voz, frequência e intensidade, que são queixas frequentes dos professores. Também, aqueles problemas de dicção e de articulação dos sons, pausas no discurso, velocidade da fala. Todos esses aspectos relacionados a forma como se fala vão ser abordados nos encontros”, complementa.

Professores participantes da Oficina de Aprimoramente Vocal (Foto: Coorc)

Professores participantes da Oficina de Aprimoramente Vocal (Foto: Coorc)

A professora relata que qualquer problema de voz causa um ruído na comunicação que vai impactar, invariavelmente, na forma como a mensagem do professor chega ao aluno. Isso faz com que o estudante se interesse pela aula e se sinta desmotivado em relação àquela fala. Alguns casos mais graves de intensidade, frequência e articulação, podem comprometer até mesmo o entendimento da mensagem.
“Na rede básica já existe uma ideia de que ter problema de voz é normal. Os professores têm tantos que parece que é algo inerente a profissão, e só procuram por atendimento quando realmente a situação está insustentável e não conseguem mais trabalhar. Se houver um problema de voz, um ruído, rouquidão, soprosidade, presença de ar na voz, voz muito tensa, voz que falha no fim do dia, presença de rouquidão sem saber o porquê depois de um dia de trabalho, realmente essa pessoa precisa de uma avaliação completa com fonoaudiólogo, e um exame da laringe com otorrinolaringologista”, salienta Ana Paula.
O professor do Departamento de Ciências Contábeis, Gelson Menon é um dos participantes da oficina. Ele revela que ao final de uma noite com cinco aulas, viu-se praticamente sem voz. “É uma grande preocupação tendo em vista que nós temos um ano a cumprir em sala de aula. Já pudemos perceber no primeiro dia da oficina que ela vai trazer muitas informações que contribuirão justamente para prevenirmos situações desagradáveis como no meu caso, a falta de voz no final do dia de trabalho”, afirma o professor.
Segundo a professora Ana Paula, a atitude de Gelson não é isolada. Ela conta que tem percebido nos últimos anos, entre os professores universitários, uma mudança de postura em relação a percepção da importância da voz e da comunicação. “Se hoje nós temos uma sala com um número grande de sujeitos que participaram e que estão atentos é porque isso tem começado a fazer sentido. Nós ficamos muito felizes em saber que a comunicação tem sido valorizada na Unicentro, isso é um ganho muito importante para nós professores, para os alunos e para toda a comunidade acadêmica”.

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