Editora da Unicentro participa pelo quarto ano consecutivo da Bienal do Livro
A Bienal do Livro de São Paulo chegou, esse ano, a sua 24ª edição internacional como o espaço de encontro das principais editoras e livrarias brasileiras. Com aproximadamente 700 mil visitantes, os expositores, em torno de 480, podem apresentar seus lançamentos e títulos mais importantes.
Nessa última edição, que terminou no dia 4 de agosto, a Eduni, que é a Editora da Unicentro, lançou seu primeiro livro na Bienal, dentro do estande da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu). O título em questão foi “Entre Falos e Falácias: invisibilidade negra em Tocaia Grande, de Jorge Amado”, de autoria do professor Dejair Dionísio. “Foi com muita alegria e com uma honra enorme, que nós pudemos fazer esse lançamento no estande da Abeu”, comemorou a professora Denise Witzel, diretora da Eduni.
O livro de Dejair traz uma análise crítica literária em relação a violência que envolve as personagens negras no romance Tocaia Grande, de Jorge Amado. A problemática é feita através da narrativa que envolve o personagem Tição Abduim. “O livro é exatamente isso que o título se propõe. É pensar como as falácias que passam pela percepção, ou não, da imagem do que é o esteriótipo do negro na sociedade estão representadas na literatura de Jorge Amado, especialmente na obra Tocaia Grande”, explica o autor.
Só em 2016, a Eduni já lançou 13 livros. Por ser associada a Abeu, ela ganhou um espaço no estande da associação para expor o catálogo de obras da editora. De acordo com Denise, ir a uma Bienal é o momento de compartilhar, criar e fortalecer parcerias com editoras de todo o país. “É quando nós podemos fazer uma reunião com a maior parte dos associados da Abeu. Um encontro em que você não só divulga o catálogo, disseminando o nosso trabalho, como cria outras ferramentas para que a Eduni possa crescer cada vez mais”. Parcerias essas, que já renderam uma publicação em colaboração com a editora da Universidade Federal do Paraná, por exemplo.
Para Dejair, ter a oportunidade de lançar sua obra em um evento tão grande e importante para a literatura nacional e internacional, como a Bienal de São Paulo, é um exemplo de que mesmo autores do interior podem conseguir esse feito. “Essa é uma oportunidade que se abre não só para mim, mas para os demais pesquisadores e escritores de perceberem que é possível alcançar determinados espaços que nos pareceriam inacessíveis. Quando você está lá é que você percebe que é possível estar”, conta.
Para a Eduni, se colocar em um espaço com a magnitude da Bienal para a literatura brasileira traz uma multiplicidade de motivos para almejar voltar a esses espaços. “Nós queremos fortalecer a política de publicação, uma vez que você interage com as demais editoras, dando maior visibilidade ao nosso catálogo em um espaço totalmente voltado e focado para a divulgação dos livros e, ainda, estabelecendo novas parcerias. Estes pontos é que fazem com que a editora consiga, cada vez mais, cumprir com seu papel de excelência, que é a missão das editoras universitárias: divulgar e fazer com que o conhecimento seja acessível a um número maior de pessoas”, finaliza Denise.