Encaminhamento de estudos eslavos é discutido em simpósio internacional, na Unicentro
O IV Simpósio Internacional de Estudos Eslavos, realizado entre os dias 07 e 09 de junho, no campus Irati da Unicentro, possibilitou a discussão – entre comunidade, professores e estudantes – dos encaminhamentos que estão sendo dados nos estudos da cultura eslava. Para o diretor do campus Irati, professor Afonso Figueiredo Filho, é importante que a universidade trabalhe no sentido de preservação da memória e cultura desses povos, que vieram para a região e ajudaram a construí-la enfrentando muitas dificuldades.
“A Unicentro tem um papel muito relevante no aspecto de tentar manter esta tradição de mais de um século aqui na nossa região. Este tipo de encontro internacional é muito importante para manter esse elo com o povo que veio da Europa para cá e aqui ajudou a construir e a desenvolver as nossas cidades, e isso continua até hoje com os descendentes. Todos foram fundamentais e contribuíram para que tenhamos essa qualidade de vida que temos hoje”, avaliou Figueido.
A coordenadora-geral do evento, professora Mariléia Gärtner, conta que o Simpósio Internacional de Estudos Eslavos deste ano teve como objetivo primeiro a inter-relação entre universidades diferentes. “Nós reunimos pesquisadores das principais universidades brasileiras que vem pesquisando a área dos estudos eslavos. E mais uma vez trouxemos os nossos parceiros internacionais, especialmente da Universidade de Varsóvia”.
Mais de 300 participantes se inscreveram para participar das atividades do Simpósio. Mariléia destaca a participação de universidades das regiões norte, nordeste, sudeste e sul do Brasil. “São universidades que estão aqui discutindo e participando do evento, e com a diferença que nós conseguimos esse ano, também, que é o diálogo com os estudos eslavos que ocorrem na Argentina. Tivemos uma universidade de Buenos Aires participando do Simpósio”.
A programação do Simpósio incluiu também a premiação do I Baika – Concurso Nacional de Contos da Cultura Eslava, entregue na noite da quarta-feira, 08. Segundo Mariléia, o Baika trouxe resultados muito importantes no que diz respeito a entender o letramento e as histórias orais eslavas. A perspectiva é que o segundo Baika seja lançado em 2017. A comissão julgadora também premiou dois colégios pela representatividade dos contos de alunos inscritos no concurso, aEscola Estadual Nicolau Copérnico, de Mallet, e Escola Dom Bosco, de Irati.
Encerrando a programação do Simpósio, na quinta-feira, 09, foi realizado o I Fórum Nacional de Língua Ucraniana, em parceria com a Representação Central Ucraniano-Brasileira. Para Mariléia, a discussão se fez necessária porque a Unicentro vem desenvolvendo, nos últimos três anos, vários cursos de ensino de língua ucraniana, principalmente, em parceria com os convênios internacionais.
“Nós estamos com várias salas de aulas de Ensino de Língua Ucraniana – em União da Vitória, Prudentópolis, Irati e temos duas salas em Curitiba também. Como nós estamos trabalhando com ensino de língua ucraniana como projeto de extensão, faz-se necessária essa discussão aqui na Unicentro. Como que é esse ensino, considerando que nós não temos ainda no país o curso de Letras Ucraniano. Nós temos muitos professores de ucraniano que sentem a dificuldade em ter essa formação específica, não só como curso de extensão, mas também como curso de graduação”, salientou Mariléia.
Confira os resultados do I Baika:
Contos de Cultura Polonesa
1º lugar – José Genival Bezerra Ferreira (Penedo – Alagoas): “A última Papola”
2º lugar – Francelise Márcia Rompkvoski (Curitiba – Paraná): “Pardal”
3º lugar – Elaine Cristina Latocheski (São Bento do Sul – Santa Catarina): “Jacek e a Águia”
Contos de Cultura Ucraniana:
1º lugar – Chico Guil (Prudentópolis – Paraná): “Xororó da Salaveta”
2º lugar – Vanderlei Kroin (Mallet – Paraná): “Até o Feliz Final”
3º lugar – Júlia Manfron Lopes (Irati – Paraná): ‘Mávka Ucraniana”