Alimentação de bebês menores de dois anos é tema de curso de extensão promovido pela Unicentro
O aleitamento materno até os seis meses de idade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é essencial para garantir que as crianças cresçam saudáveis. Depois disso, outros alimentos começam a ser introduzidos no cardápio dos pequenos, complementando a alimentação dos bebês até os dois anos. Mas para que essa mudança na rotina alimentar aconteça corretamente, é necessário que as mamães sejam orientadas por profissionais da área e com informações sobre o tema.
Foi pensando nisso que a professora Paula Saldan, do Departamento de Nutrição, ofereceu o curso de extensão “Capacitação em alimentação complementar e avaliação nutricional de crianças para profissionais da atenção básica”. A formação reuniu enfermeiros, médicos pediatras e profissionais da Pastoral da Criança. “Esse curso veio da necessidade de atualização dos profissionais percebida pelo Comitê Municipal de Aleitamento Materno de Guarapuava, da qual sou membro efeitivo. A proposta é que todos os profissionais que trabalham na atenção básica – principalmente enfermeiros, médicos pediatras e nutricionistas – falem uma mesma linguagem nas orientações para as mães”, explicou a professora Paula.
Entre os 60 participantes do curso de extensão estava a enfermeira Rita Cebulski, que trabalha na rede de atenção básica há mais de 30 anos. Mesmo com tanta experiência, as informações recebidas vão ajudá-la a orientar as mães, que são as pessoas mais importantes no processo. “Vai facilitar já que as informações que devem ser repassadas às mães estão unificadas. Não haverá mais divergência entre o que dizem profissionais diferentes”, disse.
De acordo com a professora Paula, o Ministério da Saúde disponibiliza um manual que contempla dez passos para a alimentação saudável de crianças menores de dois anos. Para abordar todos esses conteúdos, o curso foi dividido em três momentos. Nos dois primeiros encontros foram abordados os 10 passos do manual. Já no terceiro, o foco foi na avaliação de crianças com necessidades especiais. “Uma criança que, por exemplo, nasceu prematura, não pode ser avaliada pelo mesmo gráfico que se avalia uma criança que nasceu dentro das 37 a 41 semanas de gestação. Crianças com Síndrome de Down e crianças com paralisia cerebral também são avaliadas por gráficos e padrões diferenciados”.
Promover essa aproximação entre a universidade e os profissionais da área, na avaliação de Paula, é uma forma da instituição exercer seu papel social junto à população de Guarapuava, de desenvolver um papel social junto à população. “Discutimos o que podemos fazer para melhorar os índices de aleitamento materno e a alimentação complementar. Sabemos que uma criança bem alimentada, provavelmente, será um adolescente e um adulto com uma expectativa de vida melhor, com menos riscos de desenvolver doenças crônicas como diabetes e hipertensão”.