Unicentro sedia encontro de educação ambiental
Educar para o futuro é sempre um desafio necessário. E não há como falar em futuro sem falar em meio ambiente e em educação ambiental. A cada ano a temática se torna mais urgente e importante. É nessa perspectiva que a Unicentro recebe, nessa semana, a 15ª edição do Epea, Encontro Paranaense de Educação Ambiental, nos dias 18, 19 e 20 de agosto. Paralelamente, estão sendo realizados outros quatro eventos: o 2º Colóquio Internacional de Rede de Pesquisa em Educação Ambiental por Bacia Hidrográfica; o 6º Colóquio de Pesquisadores de Educação Ambiental da Região Sul; o 2º Simpósio de Pesquisadores de Faxinais; e a 3ª Semana de Meio Ambiente.
Antonio Bergamaschi, professor da Unicentro e integrante da comissão organizadora do evento, explica um pouco o que será tratado durante o encontro. “Temos 10 eixos temáticos, dentro desses: educação ambiental nos espaços escolares, educação ambiental no campo, educação ambiental e sustentabilidade, temos diversos eixos que abrangem toda a parte de educação ambiental”, explicou.
As discussões vão além do meio acadêmico, contando com a presença de movimentos sociais. “A expectativa é que seja um evento com cerca de 700 pessoas, comunidade acadêmica, universitários de Biologia e Geografia, principalmente, que são os que envolve a parte de educação ambiental, temos também acadêmicos de fora de Guarapuava, de Cascavel, Curitiba, temos também palestrantes internacionais, do México, Portugal”, ressaltou Antonio.
João Nogueira é acadêmico de Biologia e ressalta a importância do evento. “Eu acho que vai ser um dos melhores Epeas, porque vai ter toda essa reunião dos autores e tem cinco eventos de educação ambiental dentro de um. Então, tem pesquisadores, tem acadêmicos, o público é maior. Eu acho que a gente só tem a ganhar, porque sempre ficam públicos separados, alunos, professores, pesquisadores, num evento só deles e acadêmicos em outros, assim acontece todos juntos”, avalia.
Na cerimônia de abertura, realizada na noite de ontem (18), ocorreu a palestra de Leonardo Boff, no Pahy Centro de Eventos, com a presença de aproximadamente 2,3 mil pessoas. Em entrevista coletiva, o palestrante ressaltou a necessidade de construir uma ética ambiental para despertar a consciência de todos para a urgência ecológica. Para ele, a terra ultrapassou todos os seus limites e não consegue mais, sozinha, produzir o que a humanidade precisa. “Ou nós mudamos de paradigma, outra leitura da terra, respeitando seus limites, seus bens e entramos no ritmo dela mesma, ou ela poderá produzir eventos extremos, que poderão ter vítimas enormes na biodiversidade, nos seres humanos”, declarou.
Ao todo, 780 inscritos participam dos encontros de educação ambiental, que contam com palestras, minicursos e oficinas. As atividades estão concentradas no campus Santa Cruz.