Campus Santa Cruz recebe a exposição Cores da Liberdade

Campus Santa Cruz recebe a exposição Cores da Liberdade

Desde o início do mês de julho, o centro de Exposições do campus Santa Cruz, em Guarapuava, recebe a exposição “Cores da Liberdade”. O principal tema abordado nas fotografias, textos de jornais antigos e esculturas feitas de barro cru em forma cônica é a mulher no período pós-escravidão. Como explica o professor do Departamento de Pedagogia e escultor Ademir Nunes Gonçalves. “O valor da mulher negra, sempre lembrada ao longo da história que nós tivemos escravidão no Brasil, sempre olhando a parte do sofrimento da escravatura. Eu quis retratar a beleza da mulher negra e, por isso, eu caracterizei a beleza principalmente na veste delas”.

Os rostos sem expressões. Os braços desproporcionais ao corpo. Tudo isso para mostrar ao público um olhar diferente, onde as mulheres na condição de escravas, só tinham utilidade para o cumprimento das ordens dadas por seus senhores. “Quando eu coloco os braços desproporcionais ao corpo, é justamente para mostrar a vivacidade e a importância que o braço teve na sobrevivência das pessoas no período de escravidão”, completa Ademir.

Para Hélvio Alexandre Mariano, que visitou a exposição, a representatividade da mulher e o colorido que simboliza a sua beleza retrata problemas atuais e que ainda são encontrados em grande escala no Brasil. “A arte apresenta possibilidades de ruptura e que, no caso de uma exposição que retrata a vida das mulheres negras, chama a atenção para os problemas atuais, não só das mulheres, mas também das mulheres negras que ainda neste país sofrem os maiores e possíveis tipos de violência e opressão”.

Aberta a toda a comunidade, a exposição fica até o dia 24 de julho, de segunda à sexta-feira, das 8h às 19h, como explica o diretor de Cultura, Edson Santos Silva, e toda a comunidade é convidada a participar. “Estamos muito felizes porque a exposição que abre este ano o espaço é dedicado as mulheres, sobretudo negras, com uma pesquisa bem feita pelo professor Ademir. Então fica o convite para que passem aqui e observem as obras. Quem entrar vai gostar e não vai sair certamente do jeito que entrou” .

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