Projeto ligado à Farmácia Escola da Unicentro atende creches guarapuavanas
Em setembro deste ano, a Farmácia Escola, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde e Educação, iniciou um projeto de cunho social voltado aos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei’s) da cidade. A iniciativa ganhou o nome de “Inquérito Parasitológico das Crianças frequentadoras de Creches e Unidades Básicas de Saúde do Município de Guarapuava”, e tem como propósito visitar todas as creches municipais e fazer um acompanhamento com crianças acometidas por parasitoses, ou vermes intestinais, como são popularmente conhecidos.
Atualmente, o projeto conta com uma equipe de aproximadamente 30 pessoas, entre professores e acadêmicos do curso de Farmácia. A intenção do projeto é atender todas as creches de Guarapuava, uma de cada vez, visto que o trabalho leva de dois a três meses para ser finalizado. De acordo com o um dos coordenadores do projeto, Marcos Ereno Auler, todo o acompanhamento acontece em quatro etapas.
Primeiro é realizada uma reunião de esclarecimento com o pais das crianças, onde eles conhecem o projeto e são convidados a participar. Aqueles que aceitam, precisam assinar um termo que autoriza a realização do trabalho com as crianças. Depois disso é realizada uma palestra que orienta os pais sobre como coletar o material fecal dos filhos e então encaminhar esse material para análise, que é feita na Farmácia Escola da Unicentro. As crianças que apresentam diagnóstico positivo são encaminhadas para o tratamento, feito com medicamentos fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde e que são distribuídos gratuitamente, mediante receita, na Farmácia Escola. A última etapa é o reteste, quando a criança realiza uma nova coleta para verificar se a presença dos parasitas foi negativada. Ainda nesta última etapa é realizada uma palestra que orienta sobre a importância de condições adequadas de higiene, o que pode reduzir a incidência de parasitoses.
Segundo o professor Marcos, o apoio dos pais é de extrema importância em todo o processo do tratamento. “Nós damos as orientações, mas precisamos da ajuda dos pais na hora de coletar o material fecal das crianças, de administrar os medicamentos e também na higienização dos alimentos que a crianças vai ingerir”, conta. Ele ressalta que até agora, esse apoio tem acontecido e a aceitação do projeto por parte dos pais é positiva.
O projeto beneficia a comunidade e também é uma forma de inserir os acadêmicos em atividades que visam o bem da população. Marcos diz que, além disso, desenvolver trabalhos de cunho social, é um dever da universidade. “Os alunos acabam conhecendo a realidade da nossa região, no sentido de saber como é a incidência e prevalência dessas verminoses e, com isso, aprendem questões laboratoriais e práticas. Isso agrega na qualidade de formação. A comunidade é beneficiada com uma mão de obra qualificada, o que acaba melhorando a saúde dessas pessoas. É dever da universidade exercer essas relações junto à comunidade”, finaliza.