Unicentro promove articulações em favor da implantação do curso de medicina
Gestão política tem sido realizada em âmbito local, estadual e federal
A Unicentro, pouco a pouco, tem avançado no processo de implantação do curso de Medicina. Depois de encaminhar o projeto à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, a reitoria da universidade tem trabalhado na articulação com órgãos municipais e federais, como os Ministérios da Educação e da Saúde, objetivando a obtenção de apoio com vistas a conseguir que o governo do estado autorize a implantação ainda este ano.
Assim, a reitoria está articulando as autoridades municipais e regionais no sentido de estabelecer uma gestão conjunta do tema, a partir de uma agenda mais política do que técnica. Nesse sentido, em suas últimas viagens à Brasília, o reitor da Unicentro, Aldo Nelson Bona, tem se encontrado com representantes dos ministérios da Saúde e da Educação.
“Essa interação com os ministérios é de fundamental importância porque, através deles, a gente tem a gestão das residências médicas, das políticas de ensino e de formação na área da saúde e existe sempre a possibilidade da captação de recursos em projetos específicos”, explicou Aldo. O reitor também frisou que embora não haja por parte do Ministério da Saúde nenhum programa de financiamento às instituições estaduais na área da saúde, isso não impede que, dentre as linhas de atuação do Ministério, a universidade possa articular projetos que possam servir a estruturação do curso de medicina e, assim, pleitear financiamento nesta direção.
Uma das tratativas em busca de apoio federal para a implantação do curso de medicina na Unicentro foi estabelecida com o diretor do Departamento de Gestão da Saúde do Ministério da Saúde, Alexandre Medeiros de Figueiredo. Para ele, a implantação de um curso de medicina em Guarapuava e em uma instituição pública de ensino preencheria o vazio assistencial na área, já diagnosticado pelo Ministério da Saúde. “É muito importante colocar que, nesses espaços, onde o curso de medicina é criado, especialmente onde se criam residências médicas, há um grande processo de fixação de médicos na região e isso é muito benéfico”, avaliou Alexandre.
Embora a aprovação dos cursos de medicina sejam de competência do Ministério da Educação, o Ministério da Saúde, segundo Alexandre, pode trabalhar apoiando os serviços municipais de saúde. “Em geral, a gente promove alguns programas de reorientação da formação. Afinal, é importante formar mais médicos, mas essa formação precisa ser de qualidade e esses médicos devem atender a necessidade social da região. Então, em conjunto com o Ministério da Educação, nós temos nos preocupando bastante com a realização de contratos organizativos entre as gestões municipais e as universidades, que possibilitem essa formação, essa integração ensino-serviço”, avaliou.