Oficinas buscam promover a dança contemporânea e a tecnologia em União da Vitória

Oficinas buscam promover a dança contemporânea e a tecnologia em União da Vitória

O projeto Dança, Teatro e Tecnologia tem como intuito levar a dança contemporânea para escolas públicas do município de União da Vitória. Iniciada neste ano, a proposta já está em diversos cantos da cidade, atendendo crianças de 4 a 11 anos, além de adolescentes e adultos. Com espetáculos e oficinas diferenciadas, o projeto almeja alcançar o maior público possível e democratizar uma arte ainda desconhecida, a dança contemporânea. O Dança… é umas das propostas apoiadas oficialmente pelo programa Universidade Sem Fronteiras (USF), da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti/PR). Ao todo, a Seti financia mais de 100 iniciativas neste momento, que beneficiam diretamente as populações de quase 300 cidades paranaenses.
Renata Tavares, 34, é coordenadora do projeto e professora do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Campus União da Vitória. Segundo ela, a região de União da Vitoria conhece o balé clássico mas a dança contemporânea acaba sendo uma linguagem esquecida. “O nosso principal objetivo é levar a dança contemporânea para escolas públicas da região, principalmente no Ensino Médio, para compreender que a dança pode ser um pouquinho diferente do que eles sabem até esse ponto da vida”.
Atualmente, o projeto contempla três escolas estaduais com uma turma de dança semanal, além da rede municipal (com cerca de 60 crianças) e de atividades com adultos em condição de opressão social, ofertando oficinas de empoderamento feminino, dentre outras possibilidades. Os espetáculos procuram interagir com o maior número possível de moradores, já sendo bastante chamados na cidade para abertura de eventos e apresentações. Neste final de outubro, a equipe está se preparando para uma grande apresentação. “Estamos organizando um espetáculos sobre Pablo Picasso que acontecerá agora no dia 17 de novembro e, depois, um espetáculo com os alunos, crianças, adolescentes e o adultos”, diz Renata. O evento sobre Pablo Picasso (pintor espanhol conhecido no mundo todo) será concretizado com projeções. Assim, continua a docente, o projeto atinge seu objetivo de mesclar a dança e a tecnologia.
Para Renata, o projeto tem sido uma experiência diferenciada. “Tenho grandes expectativas, até pelo fato de que a gente está trazendo uma linguagem mais atual, que é a da tecnologia, então vamos ter um espetáculo todo montado em cima de projeções. A dança vai dialogar com a tecnologia”. A equipe do Dança… tem ainda Paula Maria Paglia e Rodrigo Freitas, 24 e 28, respectivamente, atuando como bolsistas recém-formados e ambos bacharéis e licenciados em Dança pela Unespar, Campus Curitiba. Para Rodrigo, o ensino foi o que mais o motivou a participar do projeto. “A experiência com as crianças e os adolescentes nos ajuda a pensar de uma maneira diferenciada, para mim está sendo muito rico. Falar e ensinar a dança para a vida delas”, avalia o egresso da Unespar. Paula explica que as oficinas de balé e dança contemporânea são ministradas por eles e que a experiência é sempre de uma troca mútua. “Trabalhamos muito nas oficinas o desenvolvimento humano, o que eu considero muito importante, o caráter social está sempre presente, pensando sempre no coletivo, na troca de experiências. Pensando sempre na troca de saberes”, conclui.

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