A HISTÓRIA DA MOEDA
E-book elaborado pelos acadêmicos Beatriz Amulinari Cardoso Szwarc, Carlos Glintelen Silva Martins, Carolaine Tabile, Derek Felipe Kraus Nascimento, Eduardo Lucano da Silva, Elias Marques Hajjar, Gracielle de Fatima Moreira, Henrique Penteado Lopes, João Emanuel Dias dos Santos, Karen Serpa, Michelly Dovhy, Milena Forbeck, Pedro Wilson Stanoga, Rafael Augusto Porto, do 2º ano do curso de Ciências Econômicas da UNICENTRO, sob a supervisão da Prof.ª Dr.ª Josélia Elvira Teixeira.
O trabalho fez parte das atividades desenvolvidas na disciplina de Economia Monetária. Nele, os autores buscam apresentar a história da moeda, desde as primitivas trocas até as diversas transações monetárias da atualidade, enfatizando esse processo como responsável por proporcionar desenvolvimento econômico e social às civilizações ao longo do tempo.
A primeira manifestação de atividade econômica se deu pelo escambo, a troca direta de bens e serviços. Alguns desses bens eram considerados “moedamercadoria” – o sal, a carne, o tabaco, o açúcar e o pano de algodão são exemplos. Para superar as limitações do escambo, as mercadorias usadas se tornaram cada vez mais padronizadas, até que, gradualmente, surgiu a moeda. As primeiras moedas metálicas foram cunhadas por volta do séc. VII a. C., na
Lídia, a atual Turquia. Tal acontecimento foi um marco na história, pois, a partir de então, o uso de moedas foi disseminado pelo mundo e acompanhou as transformações políticas, sociais e econômicas dos povos, impérios e nações. Circulava na Grécia, a dracma e no Império Romano, o denário e o asse. Com a crise inflacionária que contribuiu para a queda do grande império, mudanças no sistema monetário no Período Medieval foram necessárias, a fim de garantir e estabilidade nas transações comerciais. Paralelamente, no mundo Islâmico e Asiático a criação de moedas próprias foi essencial para a unificação dos Impérios. Na passagem da Era Medielval para a Era Moderna, com a consolidação do Mercantilismo, a moeda se tornou ainda mais importante, agora viabilizando o comércio a nível mundial, com a particularidade de ser lastreada em metais preciosos. Nesse novo contexto, soma-se à circulação de moedas metálicas o papel-moeda, que teve origem nos certificados de depósito expedidos pelos banqueiros de Veneza, no período da Renascença.
Cabe ressaltar a exposição feita pelos autores a respeito da história da moeda no Brasil. Após a chegada dos portugueses, mais de 10 espécies de notas e moedas diferentes circularam em terras brasileiras, com formatos e características diferentes, refletindo em diferentes momentos econômicos e políticos do país. O trabalho segue expondo que, a partir do séc. XIX, percebe-se uma maior preocupação dos governos com a regulação monetária, por meio de medidas como o Padrão Ouro e o Sistema Breton Woods e através da influência dos Bancos Centrais. Com a globalização o papel moeda passa criar influência ser influenciado por diversos fenômenos políticos e sociais em escala global. Fenômenos também tecnológicos, o desenvolvimento de novas tecnologias impactou o dinheiro, e hoje as moedas digitais e as criptomoedas estão incorporadas no sistema financeiro. Está proposto o desafio de encontrar
equilíbrio entre inovação e segurança.