INDUÇÃO DE MUTAÇÕES POR RAIOS GAMA EM MUDAS CLONAIS E SEMENTES DE Eucalyptus spp.

Ana Cristina da Fonseca Ziegler

 

Defesa Pública: 23 de fevereiro de 2024

 

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Maria Paula Barion Alves Nunes, UNESP, Primeira Examinadora.
Dra. Lia Rejane Silveira Reiniger, UFSM, Segunda Examinadora.
Dr. Ezequiel Gasparin, UFSM, Terceiro Examinador.
Profª. Dra. Daniele Ukan, UNICENTRO, Quarta Examinadora.
Prof. Dr. Evandro Vagner Tambarussi, UNICENTRO, Orientador e Presidente da Banca Examinadora.

Resumo:

A aplicação de métodos de melhoramento genético tem sido essencial para a adaptação de várias espécies de Eucalyptus, utilizando a seleção de genótipos de interesse. Dentre as ferramentas de melhoramento, a mutagênese tem como objetivo aumentar a variabilidade genética por meio de mutações, provocando alterações nos caracteres qualitativos e quantitativos. No contexto do melhoramento genético de espécies de Eucalyptus, a indução de mutações pode ser uma estratégia empregada, envolvendo a exposição das plantas a agentes mutagênicos, como os raios gama, para desencadear modificações genéticas que possam resultar em caracteres desejáveis fundamentais para essas espécies. Com isso, este estudo teve como objetivo avaliar e selecionar metodologias de indução de mutação por raios gama em mudas e sementes de três espécies do gênero Eucalyptus (Eucalyptus benthamii, Eucalyptus saligna e Eucalyptus dunnii) visando identificar possíveis genótipos mutantes com caracteres de crescimento. Os experimentos direcionados às mudas clonais seguiram quatro etapas distintas. Inicialmente, foi determinada a dose ideal de irradiação, seguida da aplicação do método de podas repetidas. Posteriormente, foram coletadas miniestacas e, por fim, houve a seleção dos genótipos. Essa seleção foi baseada em análises morfofisiológicas, com o intuito de identificar os indivíduos mais sensíveis às doses de irradiação e promissores. No caso das sementes, o foco foi verificar a sensitividade à radiação gama como método de indução de mutações. Após a exposição, as sementes foram submetidas à germinação e as mudas seminais foram selecionadas com base em caracteres de crescimento. Os resultados da pesquisa indicam que diferentes espécies de Eucalyptus respondem de maneira distinta às doses de irradiação. O método de podas repetidas mostrou-se eficaz e contribuiu para ampliar os setores quiméricos, tornando os caracteres morfofisiológicos mais proeminentes no que diz respeita a seleção dos genótipos de minicepas irradiadas com raios gama. Doses específicas (22,56 Gy para E. saligna e 23,04 Gy para E. dunnii) foram identificadas como ideais e para Eucalyptus benthamii, doses mais altas influenciaram positivamente no crescimento de mudas clonais irradiadas. No que diz respeito à irradiação de sementes, a seleção das doses é fundamental, entre as três espécies houve uma variação de aproximadamente 200 Gy a 700 Gy, influenciando seus diferentes níveis de sensitividade à radiação. Embora o Eucalyptus benthamii tenha mostrado maior tolerância, enfrenta-se o desafio da limitação de tempo para avançar nas gerações, devido ao ciclo longo das espécies do gênero Eucalyptus para avançar nas gerações via sementes.

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