Manejo da água associado à cobertura de canteiros no controle de manchas foliares em mudas de eucalipto

Mariane Bueno de Camargo

 

Defesa Pública: 09 de setembro de 2014

 

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Henrique da Silva Silveira Duarte – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Álvaro Figueredo dos Santos – EMBRAPA – Segundo Examinador
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

 

Resumo:

Espécies de fitobactérias do gênero Xanthomonas são responsáveis por doenças que podem causar a desfolha de plantas ainda em fase juvenil em diversas culturas. Várias são as espécies patogênicas que apresentam altos de graus de especificidade e alguns estão divididos em distintos patovares, uma designação de espécie com base em seus hospedeiros. Comumente ao Eucalyptus spp., plantado em todo território brasileiro, podendo limitar o uso de materiais genéticos suscetíveis, uma vez que induzem manchas foliares causando sua desfolha e conseqüentemente limitando sua produtividade potencial. O presente trabalho objetivou avaliar a eficiência de antibióticos e fungicidas utilizados atualmente na agricultura visando a inibição do crescimento “in vitro” de isolados de bactéria fitopatogênica ao Eucalyptus spp., na fase de viveiro e de campo, bem como, avaliar os efeitos do manejo de água na severidade da mancha bacteriana em mudas clonais de híbridos de Eucalypto urophylla x Eucalyptus grandis em viveiro florestal. Para as avaliações em laboratório utilizaram-se filtros de papel embebidos em oito ingredientes ativos testados e disponibilizados em placas de Petri contendo o inóculo de Xanthomonas axonopodis, oriundo de plantas contaminadas pela doença em viveiro florestal. As avaliações ocorreram através das medições dos halos de inibição a Xae pv. eucalypti submetidas em oito repetições, totalizando 64 análises, resultando na ineficiência total entre todos os i.a. testados no controle de Xae pv. eucalypti em laboratório, não sendo então submetidos à teste de controle em campo. A segunda parte do experimento é referente ao manejo de água em viveiro florestal visando o controle da doença sobre mudas recém-saídas da casa de maturação em área de crescimento, avaliados em duas diferentes estações do ano (verão e primavera), épocas de maior ocorrência da doença em viveiros. O principal método de manejo foi a cobertura total e parcial do canteiro onde as plantas estavam dispostas. Esta redução da frequência de disponibilidade de água sobre as folhas do híbrido de Eucalipto mostrou resultados satisfatórios e eficazes para o controle da doença, proporcionando também incremento no desenvolvimento das mudas entre 22 a 25%, demandando menor tempo de espera em viveiro destas plantas para plantio em campo confirmando a teoria e recomendações do uso do manejo integrado no controle de pragas e doenças na área florestal.

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