Pesquisa Individual – Pamela Pieticzak Miler

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A quebra da santidade do corpo e os limites da ciência: Uma análise de Frankenstein pela ótica da ética da ciência na Modernidade

Beatriz Olinto

Gabriel Elysio Maia Braga

A presente pesquisa se propõe a analisar como Shelley utiliza a figura de Victor Frankenstein e de seu monstro para levantar questões sobre a santidade do corpo humano e a sacralidade do ser. Sendo o tema central da pesquisa a noção de inviolabilidade do corpo humano, profundamente enraizada em diversas tradições religiosas que o consideram sagrado e intocável. Essas tradições sustentam a visão de que o corpo, enquanto receptáculo de uma psique ou essência divina, deve ser preservado e respeitado. Desse modo a prática de dissecação e manipulação de corpos mortos, como realizada por Frankenstein, desafia essas concepções ao tratar o corpo humano como uma mera matéria-prima para experimentação científica. Assim, o estudo contribui para um debate mais amplo sobre os limites da experimentação científica e a moralidade envolvida na manipulação dos corpos humanos.
E para fundamentar a pesquisa são utilizados o livro Frankenstein da escritora Mary Shelley e os conceitos de corpo e santidade dos historiadores Roy Porter e Georges Vigarello, o conceito de ética da ciência na Modernidade do filósofo Alberto Cupani e os conceitos de monstruosidade e de episteme moderna do filósofo e historiador Michel Foucault.

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