Escritor espanhol Xosé Lois García doa acervo completo de sua obra à Unicentro

Escritor espanhol Xosé Lois García doa acervo completo de sua obra à Unicentro

A Biblioteca da Unicentro recebeu uma importante doação, que coloca a Universidade como a única no Brasil a possuir a obra completa do escritor galego Xosé Lois García. O repasse dos livros foi realizado em uma solenidade integrante da programação do II Seminário Internacional Xosé Lois García, que reuniu escritores, professores, pesquisadores e acadêmicos no Campus Santa Cruz.

Detalhe de alguns dos livros doados pelo escritor galego (Foto: Márcio Nei dos Santos)

Xosé Lois é um renomado poeta espanhol que, além de emprestar seu nome ao evento promovido pela Unicetro, é também tema de diversas pesquisas no Mestrado em Letras da Universidade. A doação da obra, além da constituição do acervo na Biblioteca do Campus Santa Cruz, se deu após o convite do professor do Departamento de Letras, Claudio Melo, que há algum tempo desenvolve e incentiva pesquisas sobre literatura galega, com foco nas obras do escritor, para que ele participasse do evento.

“Esse Seminário é muito importante por muitas razões. A primeira é por reunir pesquisadores da obra de Xosé Lois García na nossa Universidade. Já a constituição do acervo, aqui na Unicentro, permite que a gente possa fazer um trabalho ainda mais sério sobre a obra dele. Isso tudo tem uma relevância muito grande, pois a Unicentro é colocada num mapa de estudos literários de centros de excelência em pesquisa internacional”, enalteceu Melo.

Além da referida importância para a Unicentro, a doação também tem um valor profissional destacável para Xosé Lois, que a partir de agora passa a ter seu primeiro acervo em uma Universidade. “Para mim, é uma grande alegria que o Brasil, que sempre é adiantado em quase tudo em cultura, tem agora aqui em Guarapuava, na sua Universidade, esses mais de 100 livros. É uma grande alegria e eu estou muito satisfeito com essa inciativa do professor Claudio Melo”, comentou o escritor.

O material foi doado diretamente pelo poeta e vai receber agora um espaço especial na Biblioteca, onde ficará disposto e poderá ser usado para pesquisas, reflexões, ou mesmo como fonte de leitura. “De fato, a doação de Xosé Lois García, um escritor famoso da Galícia, deixa a Unicentro mais rica – rica em conhecimento, rica em cultura, rica em expansão do conhecimento. É uma satisfação muito grande manter esse acervo na Unicentro”, declarou o vice-reitor da instituição, professor Osmar Ambrósio de Souza.

Visitantes observam acervo doados por Xosé Lois à Biblioteca da Unicentro (Foto: Márcio Nei dos Santos)

Além da oficialização da doação e constituição do acervo, uma solenidade foi organizada no espaço de convivência da Biblioteca do Campus Santa Cruz, onde os livros foram expostos, para marcar o lançamento oficial da obra da professora Sirlei da Silva Fontoura, Entre memória, história e política: lirismo e engajamento na poética de Xosé Lois García. Sirlei é ex aluna do Mestrado em Letras da Unicentro e pesquisou o escritor galego por incentivo de seu orientador, Claudio Melo, e ainda neste ano teve seu livro publicado por uma editora na Espanha. “Eu não esperava que isso fosse acontecer. Foi um processo muito rápido. Eu defendi minha dissertação em dezembro do ano passado e agora, em junho, em questão de seis meses, o livro foi lançado. Então, é uma emoção muito grande”, comentou Sirlei, destacando a oportunidade de conhecer Xosé Lois pessoalmente.

O II Seminário Internacional Xosé Lois García contou ainda com outro momentos importantes, como apresentações de trabalhos científicos, mesas redondas e conferências. O professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais, Andityas Soares de Moura, foi responsável por uma conferência. Ele fez uma análise da poesia de Xosé Lois García e aproveitou para reconhecer a importância do trabalho feito pela Unicentro de trazer o autor ao Brasil. “É raro a gente ter essa oportunidade de conversar com o escritor vivo. Nós sempre celebramos nossos escritores depois que já estão mortos. Aqui a gente está fazendo o contrário. Temos tanto a obra dele, como a pessoa e isso gera a possibilidade do diálogo, gera a possibilidade de novas leituras e de críticas”, destacou o professor.

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