1º Seminário de Educação de Jovens e Adultos compartilha experiências formativas do curso de Pedagogia
Na noite de segunda-feira (01), o Câmpus de Irati da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) sediou a primeira edição do Seminário de Educação de Jovens e Adultos (Seja). Promovido pelo Departamento de Pedagogia (Deped/I), o evento apresentou o trabalho realizado neste ano pelos formandos do curso na Escola Municipal Professora Vilma Rossa Bartiechen. Participaram do encontro professores e alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), representantes da Secretaria Municipal de Educação de Irati, além de acadêmicos e docentes da Unicentro.
“O objetivo foi socializar as experiências prático-pedagógicas desenvolvidas na disciplina ‘Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos’, fortalecendo o diálogo entre a universidade e a escola pública”, destaca a professora Priscila Pacheco, responsável pela disciplina e coordenadora geral do seminário.
Estudantes da EJA foram recepcionados com jantar e participaram de uma visita guiada à biblioteca do câmpus. (Foto: Acervo Pessoal)
A docente explica que, primeiramente, os alunos de Pedagogia observaram a rotina e conversaram com professores e educandos da escola municipal. Depois disso, a partir das demandas apresentadas pela rede de ensino, os acadêmicos elaboraram materiais didáticos específicos para a modalidade.
Segundo a coordenadora, além de propiciar um espaço de socialização de experiências, o evento na segunda-feira possibilitou a apresentação dos materiais e das propostas educativas às professoras e estudantes da EJA. “Os materiais produzidos, que foram doados à escola, reafirmam a disposição da universidade em contribuir com a rede municipal e fortalecer práticas pedagógicas sensíveis às especificidades da Educação de Jovens e Adultos”, pontua.
A programação do evento contou com apresentação cultural do grupo de dança gaúcha “Cia Me Vou Pra Vaneira”. (Foto: Coorc)
Para Priscila, um dos principais desafios contemporâneos da EJA é garantir o direito à educação a pessoas cujas trajetórias, muitas vezes, foram interrompidas pelo trabalho precoce e pela desigualdade social. Segundo ela, para dar conta desse cenário, são necessárias políticas públicas e práticas pedagógicas que reconheçam a diversidade das trajetórias desses estudantes e valorizem seus saberes, suas identidades e suas histórias.
“As experiências compartilhadas no seminário ajudam a enfrentar esses desafios porque aproximam teoria e prática, permitindo que os futuros pedagogos compreendam a EJA a partir do contato direto com seus sujeitos, seus contextos e suas demandas reais”, afirma a docente. “Ao dialogar com os educandos, muitos deles trabalhadores, mães, pais ou jovens que retornaram após trajetórias marcadas por interrupções, os estudantes da universidade reconhecem a centralidade da educação como direito humano, contínuo e permanente”, reforça a professora de Pedagogia.
As fotos do evento estão disponíveis no Banco de Imagens da Unicentro
Por Wyllian Correa
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