Pesquisa aborda desafios enfrentados por policiais em ocorrências de violência contra mulheres

Pesquisa aborda desafios enfrentados por policiais em ocorrências de violência contra mulheres

Resumo

Estudo integra projeto financiado pela Fundação Araucária e pela Seti, e foi apresentado na Câmara Municipal de Guarapuava

O Núcleo Maria da Penha (Numape) da Unicentro, em parceria com a Procuradoria da Mulher de Guarapuava, promoveu a apresentação da pesquisa “Desafios para Policiais Militares em Ocorrências de Violência Doméstica e Familiar Praticadas contra Mulheres – 2024”, na última quarta-feira (26), na Câmara Municipal de Guarapuava.

A pesquisa foi coordenada pela professora Rosemeri Moreira, do Departamento de História da Unicentro

O estudo foi coordenado pela professora Rosemeri Moreira, do Departamento de História da universidade e integra o projeto “Formar para empoderar: construindo um Paraná para as Mulheres”, financiado pela Fundação Araucária e pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). “Vamos apresentar o resultado de uma pesquisa que nós fizemos eu, professora Alexandra Madureira e professora Maria Lúcia Raimundo, sobre os desafios que os policiais militares têm em relação às ocorrências de violência contra as mulheres”, conta a professora Rosemeri.

A professora ainda destaca que o trabalho mapeou a percepção de mais de 7 mil policiais militares que atuam diretamente nas ocorrências. Segundo ela, o material sistematizado deve subsidiar formações específicas para as equipes policiais, já que tem como objetivo pontuar as percepções e dificuldades encontradas pelos policiais militares durante o atendimento de casos de violência doméstica. “Nossa expectativa é que eles recebam esse relatório, essas informações e dados para ajudar a pensar na formação dos policiais”, projeta.

A atividade fez parte da programação dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Neste sentido, a importância da iniciativa também foi ressaltada pela Procuradoria da Mulher de Guarapuava. Para procuradora da Mulher, a vereadora Professora Bia, o envolvimento das instituições e dos profissionais demonstra compromisso com a melhoria do atendimento. “Eu fico muito feliz porque a gente sabe que os problemas chegam para nós e essas pessoas que estão aqui hoje, são pessoas interessadas em resolver esses problemas”, disse.

O reitor da Unicentro, Fábio Hernandes, destacou o alcance estadual da pesquisa e o papel da universidade na produção de conhecimento voltado às políticas públicas. “Estamos muito felizes com este projeto financiado pela Fundação Araucária, tendo professoras nossas aqui da nossa universidade, mapeando no nosso estado”, disse. Ele reforçou que os dados obtidos vão contribuir diretamente com a Patrulha Maria da Penha e demais equipes da Polícia Militar. “Como essas informações foram coletadas é, de todo o nosso estado, agora a polícia vai receber a Patrulha Maria da Penha, enfim, vão receber as devolutivas e vão ter sim algumas informações e vão saber como tratar, como cuidar ainda mais de casos de violência contra a mulher.”

Durante o evento, também foi entregue uma Moção de Aplausos e Congratulações ao Numape

Para o Numape, os resultados da pesquisa reforçam a necessidade de políticas públicas baseadas em evidências. A coordenadora do Núcleo, Marion Stremel, explica que os dados organizados permitem avanços concretos no atendimento às vítimas. “São dados que depois podem ser aproveitados para a formulação e implementação de políticas públicas. Então, são muito importantes para a formação dos nossos protocolos de atendimento”, compartilha.

“Nos auxilia a dar continuidade ao atendimento à vítima”, avalia a soldado Luana Dias, da Patrulha Maria da Penha. “Guarapuava tem a sorte de ter uma rede muito bem estruturada, porque a Secretaria da Mulher já tem 10 anos. Então, muitos serviços aqui são desenvolvidos já há muito tempo. A partir do nosso atendimento, essa vítima é encaminhada para serviço jurídico, para assistência social, para assistência psicológica e para tudo o que ela precisar”, finaliza.

Por Maíra Machado


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