Egresso da Unicentro concorre a prêmio nacional de acessibilidade

Egresso da Unicentro concorre a prêmio nacional de acessibilidade

O egresso do curso de pós-graduação em Formação de Professores para o Ensino Superior da Unicentro, Giovanne Vicentin Bertotti, está entre os finalistas do Prêmio do Instituto da Transformação Digital (ITD), na categoria “Transformador da Acessibilidade”. Psicólogo e deficiente visual, Giovanne atua como consultor de qualidade de tecnologia na B3, a Bolsa de Valores do Brasil, sediada em São Paulo. Ele ingressou na empresa em 2021 e, desde então, tem se destacado pela atuação voltada à promoção da inclusão e da acessibilidade dentro do ambiente corporativo.

Ex-aluno da Unicentro, Giovanne é destaque no cenário nacional por promover inclusão e acessibilidade na B3.

Giovanne busca equilibrar sua formação em psicologia com o trabalho na área de tecnologia, duas áreas que, segundo ele, se complementam na missão de entender e melhorar a experiência humana.

O interesse pela tecnologia surgiu em 2017, quando ele e a esposa, também psicóloga, estavam planejando abrir um consultório. Pouco antes do casamento, os dois já moravam em São Paulo e buscavam meios de se manterem na metrópole. “Em 2017, quando a gente foi se casar, apareceu um curso de acessibilidade digital na web, numa instituição para pessoas com deficiência visual”, lembra Giovanne. Ele decidiu se inscrever, fez a prova, foi aprovado e começou o curso antes mesmo do casamento. A partir daí, mergulhou no universo da programação e da acessibilidade digital. “Aprendi como programar, como construir códigos acessíveis, a importância de um HTML semântico, de um JavaScript correto e de usar marcações de ‘WAI-ARIA’ para tecnologias assistivas. Aprendi na prática como fazer as coisas”, conta. Desde então, tecnologia e psicologia caminham juntas em sua trajetória, unindo o olhar humano e o olhar técnico em prol da inclusão.

Com sua liderança, a B3 — que também concorre ao prêmio na categoria Empresa — implementou diversas ações voltadas à acessibilidade e à inclusão de pessoas com deficiência. Entre as iniciativas estão a disponibilização de licenças do Copilot (M365) para o núcleo de colaboradores PCD, a criação de salas de foco para funcionários com TDAH e autismo, e o desenvolvimento de uma trilha de acessibilidade digital para desenvolvedores e designers, com encontros e dinâmicas práticas de sensibilização.

Outra conquista importante foi a criação de mais de 20 portais acessíveis, que seguem rigorosos padrões de acessibilidade digital. Um dos destaques é o portal “Bora Investir”, reconhecido como um dos mais acessíveis do país.

Giovanne conta que sempre foi obstinado, sua deficiência, nunca foi uma barreira para suas realizações. “Ser uma pessoa PCD, não significa que sou limitado, mesmo que existem as dificuldades, quando a gente tem os caminhos abertos e os caminhos mais acessíveis, conseguimos grandes realizações pessoais e profissionais”, afirmou.

A votação segue até a próxima terça-feira (14) e pode ser realizada pelo site do ITD.

 

Por Mylena Camargo, com supervisão de Giovani Ciquelero

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