Unicentro divulga diretrizes para uso de inteligência artificial generativa em pesquisas

Unicentro divulga diretrizes para uso de inteligência artificial generativa em pesquisas

A inteligência artificial (IA) já faz parte do dia a dia de diversas profissões. Com a pesquisa, isso não é diferente. A fim de orientar o uso dessas ferramentas no processo de produção científica, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp) da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), lançou um documento chamado “Diretrizes para uso de inteligência artificial generativa em Pesquisa”.

O material, elaborado por Carolina Paula de Almeida e Sandra Mara Guse Scós Venske, docentes do Departamento de Ciência da Computação, em conjunto com a equipe da Propesp, tem como principal objetivo orientar a comunidade acadêmica sobre o uso ético, responsável e íntegro dessas ferramentas em projetos científicos.

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Segundo a professora Sandra Mara Guse Scós Venske, que também é diretora de Pesquisa, a iniciativa surgiu a partir de discussões promovidas em eventos da Fundação Araucária e do próprio governo do Estado, que já vem trabalhando com diretrizes voltadas ao uso da inteligência artificial na administração pública. “Isso nos motivou ainda mais para que as pesquisas na Unicentro tenham esse direcionamento, para que as pessoas conversem sobre o tema e observem orientações iniciais no desenvolvimento de seus trabalhos”, explica.

O documento foi pensado especialmente para professores pesquisadores, estudantes de pós-graduação e de iniciação científica. Ele reúne recomendações gerais sobre como utilizar a inteligência artificial generativa em etapas como a busca e a construção de materiais acadêmicos, sempre com ênfase na ética e na responsabilidade do pesquisador. “O autor nunca é a IA. O autor é sempre o pesquisador. A ferramenta pode auxiliar no processo, mas a autoria e a responsabilidade pelo conteúdo são sempre de quem pesquisa”, ressalta Sandra.

Entre os pontos destacados estão a necessidade de validação de todas as informações geradas pela IA; a revisão cuidadosa para evitar plágio e possíveis erros, conhecidos como “alucinações” das ferramentas; e a recomendação de que a IA seja usada como apoio, e não como substituta do trabalho científico.

Tendência mundial

As orientações elaboradas pela Propesp se alinham a guias internacionais, como o da Unesco, além de documentos de universidades renomadas e legislações sobre ética em pesquisa. Para Sandra, a preocupação acompanha uma tendência global. “Essas ferramentas vieram para ficar. Elas ajudam muito a produzir, entender e avançar com a ciência, mas são apenas auxiliares. Não podem ser o ponto principal de um projeto de pesquisa”, afirma.

Vale destacar que essas diretrizes não têm caráter normativo, mas sim orientativo. A expectativa agora é que professores e alunos deem retorno sobre a aplicação prática do que está descrito no documento. “Esperamos receber feedbacks da comunidade acadêmica, para ir ajustando conforme as experiências e necessidades. O importante é que todos reflitam sobre como usar a IA de maneira ética e responsável em suas pesquisas”, conclui Sandra.

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Por Caroline Albertini


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