Residência em Clínica Médica da Unicentro qualifica profissionais e impacta serviços de saúde locais

Residência em Clínica Médica da Unicentro qualifica profissionais e impacta serviços de saúde locais

Desde sua criação em 2016, a Residência em Clínica Médica da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) tem se consolidado como referência na qualificação de profissionais de saúde em Guarapuava.

O programa alia aprendizado teórico e prático com atendimentos em ambulatórios e hospitais. Dos egressos, cerca de 86% foram aprovados em programas de especialidades clínicas subsequentes, enquanto 58,6% permaneceram atuando na região. Além disso, nove ex-residentes hoje são professores de Medicina, cinco deles integrando diretamente o corpo docente da Unicentro, reforçando a qualidade do ensino e o atendimento local.

A integração com o ambiente universitário é um dos grandes trunfos da Residência em Clínica Médica. O vice-coordenador, professor Felipe Dunin dos Santos, reforça esse compromisso. “Nosso objetivo não é apenas que os residentes executem tarefas. A prioridade é formar médicos com raciocínio clínico sólido, capazes de compreender e conduzir diferentes problemas de saúde”, salientou o docente.

A residência tem cumprido um papel decisivo na formação de novos especialistas, muitos dos quais retornam, criando um ciclo virtuoso de crescimento. “Isso é motivo de orgulho para nós. Estamos formando profissionais excelentes, que retornam à cidade e geram benefícios enormes para a população, atendendo pelo Sistema Único de Saúde e contribuindo nos diversos hospitais de Guarapuava”, afirma Felipe.

O nefrologista Valmor Giavarina, de Apucarana, é um dos egressos que retornou à cidade para atuar como professor colaborador. Ele conta que escolheu a residência pela confiança nos professores e na qualidade da formação. “A experiência foi muito proveitosa, com um volume significativo de pacientes, prática intensa e uma base teórica sólida, que nos dá segurança e bagagem para o futuro”, afirmou.

Valmor relembra com orgulho ter feito parte da primeira turma do programa e acompanhar sua evolução. “No início atendíamos em uma sala pequena, e hoje é gratificante ver o quanto o programa cresceu, a qualidade do serviço oferecido e o impacto positivo para toda a sociedade”. Ele acrescenta que a residência atualmente conta com professores de todas as especialidades clínicas, o que enriquece a formação.

Um avanço recente foi a inauguração da Clínica Escola na Cidade dos Lagos, que centralizou o atendimento de diversas especialidades em um único espaço, moderno e acessível. “Temos, em um mesmo ambiente, ambulatórios de cardiologia, pneumologia, reumatologia, nefrologia, gastroenterologia, entre outras. Isso proporciona aos residentes uma vivência mais ampla e integrada com as subespecialidades da clínica médica”, explica o vice-coordenador Felipe. Algumas áreas, como reumatologia e hematologia, são ofertadas exclusivamente pela Unicentro em Guarapuava pelo SUS, o que reforça a importância da estrutura para a saúde da população.

Além da clínica, os residentes atuam em importantes cenários de prática da cidade, como o Hospital Regional de Guarapuava, o Hospital São Vicente de Paulo, o Ambulatório Municipal de Especialidades (AME) e unidades como a clínica de doentes renais crônicos, garantindo contato direto com os diversos níveis de atenção à saúde.

Experiências que transformam profissionais

Tauana Caroline Marconato, formada pela Unicentro na primeira turma de Medicina, retornou em 2025 para a residência em Clínica Médica. Segundo ela, a escolha envolveu fatores técnicos e também afetivos. “Do ponto de vista profissional, pesaram minha afinidade com a área, o desejo de atuar tanto em hospital quanto em consultório futuramente, além da confiança na qualidade do serviço de residência e dos excelentes profissionais formados ano após ano”. Já em relação ao lado pessoal, ela destacou o carinho construído durante a graduação, quando atuou como interna, e a forte ligação com a Unicentro, instituição que também formou sua irmã e sua tia. “Sempre me senti em casa aqui”, relatou.

Para a residente, a experiência tem superado as expectativas. Ela conta que sempre desejou participar de um programa de residência pelo aprendizado que proporciona, tanto na teoria quanto na prática. “As aulas e discussões clínicas, somadas à vivência em enfermarias, ambulatórios e unidades de terapia intensiva, permitem um aprendizado completo e o desenvolvimento das capacidades essenciais para um clínico”, destacou.

No segundo ano da residência, a médica Larissa Morozzini Siqueira Garcias relata o impacto que a formação tem causado em sua trajetória. “A gente acha que aprende tudo na faculdade, mas é na residência que aprendemos a ser médico de verdade. O contato com preceptores e a troca de experiências com os colegas fazem toda a diferença. A curva de aprendizado é gigante. Costumo dizer que entrei uma Larissa e saio outra”, declarou.

Os momentos mais marcantes desse período, segundo Larissa, são os atendimentos a casos complexos, que mostram o impacto direto do trabalho do médico. “Atendi uma paciente jovem que chegou em estado grave e precisou ser encaminhada para a UTI. Conseguimos diagnosticar um lúpus já bastante avançado e seguimos acompanhando no ambulatório. Foi um daqueles casos em que percebemos o impacto real do nosso trabalho e isso mexe com a gente”, contou.

 

Por Poliana Kovalyk


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