
Acadêmicos e professores da Unicentro participam da Operação Rondon Paraná 2025
Sob o céu do Norte Pioneiro, estudantes e professores de universidades públicas paranaenses se espalham por comunidades. O conhecimento, o cuidado e a escuta são suas ferramentas, onde o objetivo é buscar a transformação para os moradores. A Operação Rondon Paraná 2025 começou oficialmente nesta quinta-feira (10), com uma cerimônia de abertura realizada na cidade de Bandeirantes. Durante duas semanas, rondonistas atuarão em 14 municípios da região, com ações voltadas à educação, saúde, cidadania, cultura e sustentabilidade.
A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) participa desta edição com uma equipe composta por 22 estudantes e quatro professores, além de oito alunos e uma docente do Centro Universitário Campo Real. Os rondonistas da Unicentro atuam nos municípios de Rancho Alegre e Joaquim Távora, levando oficinas e atividades diversas às comunidades.
“É um divisor de águas. É um antes e depois. Sempre digo: uma vez rondonista, sempre rondonista” –
Mônica Nunes, coordenadora institucional do Rondon
Segundo a coordenadora institucional da operação na Unicentro, Mônica Nunes, a experiência marca profundamente a trajetória dos estudantes. “É um divisor de águas. É um antes e depois. Eles convivem com pessoas diferentes, de diferentes cursos, com professores que talvez não estivessem habituados. Conhecem cidades que talvez nem imaginassem visitar. E tudo isso transforma. Sempre digo: uma vez rondonista, sempre rondonista”, afirma.

A equipe da Unicentro conta com 22 estudantes e quatro professores.
Além de coordenar a equipe, Mônica também orientou os participantes com base nas edições anteriores. “Passamos orientações acadêmicas e logísticas, como a questão dos alojamentos, a relação com os coordenadores e o cuidado com o tempo, pois já enfrentamos muita chuva em outras edições. Os alunos chegam muito ansiosos, então reforçamos que é importante primeiro se ambientar, criar vínculo com a cidade”, explica.
A expectativa da organização é atender cerca de 39 mil pessoas nos 14 municípios participantes, todos localizados no Norte Pioneiro do Paraná. As oficinas desenvolvidas pelos rondonistas abrangem desde bem-estar e cuidados com a saúde, até temas como segurança da informação, educação financeira e zoonoses.
A acadêmica Flávia Rossa, do primeiro ano de Medicina Veterinária da Unicentro, conta que sua motivação para participar da operação veio de casa. “Minha irmã participou do Rondon e voltou falando muito bem. Quando surgiu a oportunidade, eu me interessei e estou aqui. Quero conhecer gente, fazer amizade e levar um pouco do nosso conhecimento para os outros”, conta, animada. Entre as oficinas ministrada por Flávia, estão atividades sobre cuidados com os animais e prevenção de zoonoses.
Já o estudante de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), José Henrique Martins, acredita que a vivência proporcionada pelo Rondon é um aprendizado importante para sua futura atuação profissional. “Quero fazer rodas de conversa e entender melhor a realidade das pessoas. Isso ajuda a ampliar o senso crítico. Talvez, no futuro, eu me lembre de histórias que ouvi aqui para lidar com situações parecidas na minha carreira”, explica.
Para Miguel Henrique do Prado, estudante de Sistemas de Informação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), câmpus de Francisco Beltrão, a operação é uma oportunidade de democratizar o acesso ao conhecimento. “Vou ministrar oficinas sobre segurança da informação para idosos e sobre como montar um currículo profissional. Meu objetivo é levar esse tipo de conteúdo para lugares que às vezes não têm esse acesso com facilidade”, afirma.
A pró-reitora de Extensão e Cultura da Unicentro, Lucélia de Souza, destaca que a vivência nas comunidades traz uma verdadeira lição de vida para os estudantes. “Eles vão sentir na pele os desafios enfrentados pelas populações e terão a oportunidade de contribuir para transformações sociais. É uma experiência única, que marca a vida deles para sempre”.
Durante a cerimônia de abertura, o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, incentivou os participantes a estarem abertos ao diálogo e à escuta. “A missão da Operação Rondon não é feita de improviso. Vocês estão preparados para levar a vida universitária às comunidades. Mas estejam disponíveis para aprender também. As pessoas que vocês vão encontrar estão acostumadas a não serem vistas. Cumprimentar, ouvir, acolher, isso transforma”, destacou.
“O Rondon vai muito além dos 15 dias: leva conhecimento e transformação que permanecem por muitos anos” –
Fábio Hernandes, reitor da Unicentro
O reitor da Unicentro, professor Fábio Hernandes, também participou da abertura da operação e avaliou os impactos da edição anterior, organizada pela Unicentro em 2024. “Visitamos alguns dos municípios atendidos no ano passado e as pessoas ainda lembram com carinho. Muitos pedem quando será a próxima edição. Isso mostra que o Rondon vai muito além dos 15 dias: leva conhecimento e transformação que permanecem por muitos anos”.
A Operação Rondon Paraná é coordenada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). A edição de 2025 é promovida em parceria com a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), com apoio das demais universidades estaduais do Paraná. Além da atuação voluntária dos participantes, a operação contou com investimento público de R$ 2,7 milhões.
“Façam valer a pena. Conquistem a confiança das pessoas. A Operação Rondon é uma via de mão dupla. Elas estarão abertas a aprender com vocês, e a ensinar também.”, finalizou o secretário Aldo Bona.
Por Caroline Albertini
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