Acadêmicos dos cursos de Saúde da Unicentro fazem oficinas em escolas de Irati

Acadêmicos dos cursos de Saúde da Unicentro fazem oficinas em escolas de Irati

Na última quarta-feira (25), alunos de Educação Física, Fonoaudiologia e Psicologia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) desenvolveram uma série de atividades na rede pública de ensino de Irati. Tratando de temas relacionados à promoção da saúde e ao bem-estar, as oficinas foram realizadas no âmbito da disciplina de “Saúde Coletiva e Interdisciplinaridade”, que desde 2020 integra os segundos anos do três cursos do Setor de Ciências da Saúde do Câmpus de Irati (SES/I). 

“Essa é uma disciplina considerada inovadora, especialmente, por fomentar a educação e o trabalho interprofissional na direção dos pressupostos do Sistema Público de Saúde”, comenta Silvano Coutinho, professor do Departamento de Educação Física (Deduf/I). O docente coordena as ações deste ano em conjunto com Francieli de Ramos e Gustavo Zambenedetti, dos departamentos de Fonoaudiologia (Defono) e Psicologia (Depsi), respectivamente.

Segundo Silvano, uma das propostas é que os acadêmicos participem ativamente de ações práticas da área. Em 2025, por meio de uma parceria entre a Unicentro e a Secretaria Municipal de Saúde de Irati, isso acontece em quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs): Gutierrez, Lagoa, São João e Adhemar Vieira de Araújo. 

“Neste ano, as UBSs e a Educação estão participando do Programa Saúde na Escola (PSE). Essa iniciativa do Governo Federal tem o objetivo de aproximar as duas áreas em atividades conjuntas.  Então, dessa atuação intersetorial, surgiu a ideia de que a gente fizesse uma intervenção nos locais de ensino”, explica o professor. 

A partir disso, grupos formados por integrantes das três graduações elaboraram oficinas alinhadas às metas prioritárias do PSE, abordando prevenção à violência, promoção da saúde mental, alimentação saudável, entre outros assuntos. 

Atividades foram desenvolvidas por estudantes de Educação Física, Fonoaudiologia e Psicologia. (Foto: Acervo Pessoal)

As atividades foram realizadas na manhã de ontem (25) em colégios, escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) que funcionam nas regiões atendidas pelas quatro UBSs. Além dos docentes responsáveis pela disciplina, a enfermeira Everly Pypcak, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Comunitário da Unicentro (PPGDC), também supervisionou parte dos grupos.

Alice Alves Schroder Matos, do 2º ano de Psicologia, participou da equipe que tratou da “Prevenção da Violência e Cultura da Paz” com turmas da Escola Municipal João Paulo II (Caic), na Vila São João. Ela conta que os alunos se dividiram em grupos menores para trabalhar as diferentes dinâmicas que tinham como tema central o bullying.

“As crianças foram bem participativas. Elas se mostraram acolhedoras e receptivas a todos nós, trazendo exemplos das suas vivências e demonstrando que compreendiam a importância do assunto”, pontua Alice.

Do 2º ano de Fonoaudiologia, Stefany Gonçalves foi uma das acadêmicas que estiveram na Escola Municipal João Batista Anciutti, no Riozinho, para falar sobre alimentação saudável. “Conversando com os professores, a gente conseguiu montar uma ação bem lúdica, que teve muita interação, muito engajamento. Os alunos foram super curiosos, super participativos, sempre respondendo às nossas perguntas, compartilhando as experiências que eles têm com a comida, que eles têm sobre a questão da movimentação do corpo, sobre exercício, brincadeiras, então foi muito divertido”, avalia.

A expectativa da atividade da quarta-feira, assim como da disciplina como um todo, é possibilitar que os futuros profissionais desenvolvam habilidades para o trabalho colaborativo e interprofissional no contexto da saúde pública.

“Eu acho que quando a gente está ali na faculdade, fechada na sala de aula, tem essa visão de só se preocupar com as questões do nosso curso. Mas quando a gente sai para comunidade, a gente percebe que mesmo sendo cursos completamente diferentes, eles conseguem se interligar”, afirma Stefany.

Para Alice, experiências concretas como essa servem de estímulo para o aperfeiçoamento acadêmico. “Essa intervenção se mostrou desafiadora para nós, alunas e alunos do 2º ano, porque não tivemos ainda a preparação completa para lidar com todas as demandas e situações que surgem na vivência com crianças. E isso acaba contribuindo de uma maneira positiva para querermos aprender mais, para estarmos melhor preparados”, pontua.

 

Por Wyllian Correa


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