FisioEsporte: projeto da Unicentro oferece suporte a equipes profissionais de Guarapuava

FisioEsporte: projeto da Unicentro oferece suporte a equipes profissionais de Guarapuava

Desde 2023, o projeto FisioEsporte atende atletas profissionais de Guarapuava com foco na prevenção e reabilitação de lesões. Vinculado ao curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), o projeto alia o cuidado com o desempenho esportivo ao fortalecimento da formação acadêmica, oferecendo aos estudantes a oportunidade de vivenciar na prática o dia a dia da fisioterapia aplicada ao alto rendimento.

Criado inicialmente para atender o Clube Atlético Deportivo (CAD), equipe profissional de futsal da cidade, o FisioEsporte rapidamente se expandiu e passou a integrar também a rotina da Associação Atlética Batel, no futebol de campo. Sob coordenação do professor Luiz Alfredo Braun Ferreira, a proposta permite que os estudantes atuem diretamente com atletas profissionais, ampliando seus conhecimentos e vivenciando a rotina da fisioterapia esportiva além do ambiente clínico tradicional. “O intuito é trazer essa experiência da vivência da fisioterapia dentro do ambiente esportivo, indo além do atendimento clínico tradicional. O projeto envolve atividades práticas regulares, tanto na Clínica Escola, quanto nos treinos e jogos, garantindo um acompanhamento constante e próximo dos atletas”, explica o professor.

O estudante do 3º ano do curso de Fisioterapia, Eduardo Neves, relata o quanto a experiência na área esportiva tem ampliado seus aprendizados e enriquecido sua formação profissional. “A área esportiva é bem distinta da ortopedia convencional. Enquanto pacientes ortopédicos geralmente buscam qualidade de vida no dia a dia, os atletas têm como foco principal o desempenho e o esforço físico. Por isso, primeiro realizamos estudos das possibilidades de tratamento mais adequadas, para depois iniciar os atendimentos”, aponta.

Além dos aprendizados técnicos, Eduardo já percebe os impactos concretos do trabalho desenvolvido. A relevância da parceria ficou evidente no desempenho do Clube Atlético Batel no Campeonato Paranaense da Terceira Divisão no ano passado. Por meio do suporte do projeto, o time acabou conquistando o título. “Atendemos um jogador no início da temporada, logo após uma lesão, e ele conseguiu se recuperar a tempo de marcar um gol na final. Esse sempre foi o nosso objetivo: fazer a diferença para o clube de Guarapuava e oferecer o melhor suporte possível aos atletas”, enfatizou.

A abordagem terapêutica adotada nas sessões do FisioEsporte é definida conforme a especificidade de cada lesão, sempre com o desafio de aliar eficácia clínica à agilidade nos resultados — uma exigência do calendário competitivo que impõe prazos curtos para recuperação. Nesse processo, o suporte acadêmico é essencial. Segundo Eduardo, a integração entre teoria e prática é fortalecida pelo acompanhamento contínuo da coordenação e dos professores da área de ortopedia. “Estamos no dia a dia com os atletas, conversamos com eles, entendemos suas necessidades e buscamos estudar por conta própria para oferecer o melhor atendimento. Mas tudo isso sempre com o suporte dos professores. Todos os docentes da área de ortopedia participam do projeto com o objetivo de nos orientar e contribuir com o nosso aprendizado”, completou o estudante.

João Vitor Gomes, também do 3º ano, ressalta o diferencial da vivência proporcionada pelo projeto. Para ele, participar do FisioEsporte tem sido uma experiência decisiva em sua formação. “Estamos tendo uma experiência que poucas faculdades oferecem: o contato direto com um clube profissional que disputa a segunda divisão do campeonato paranaense. Temos a chance de acompanhar atletas profissionais no dia a dia e participar ativamente do tratamento deles”. Ele ainda destaca o nível de responsabilidade e protagonismo conferido aos estudantes. “A autonomia que recebemos no projeto é muito grande, tanto na clínica quanto no clube. Os profissionais confiam no nosso trabalho, nos escutam e nos dão liberdade para atuar. Isso tem sido crucial para quem pretende seguir na área esportiva”, salientou.

Do outro lado do atendimento, os jogadores também reconhecem a importância da iniciativa. João Pedro Queiroz do Nascimento, capitão do Batel, relata que, com poucas semanas no time guarapuavano, já sentiu melhora significativa no seu desempenho. “Estava com dores nas duas posteriores e, com o trabalho de regeneração, consegui voltar a jogar com mais confiança”, conta. Com passagens por clubes como Madureira, Macaé e times paulistas, o atleta garante: “Nunca vi um projeto como esse, de parceria entre universidade e clube. O trabalho realizado por eles é muito bom, sempre prontos para nos ajudar e cuidar de nós da melhor maneira possível. Seja no campo, nos treinos ou nos jogos, a dedicação e o empenho deles em fazer o melhor por nós é o que nos motiva a trabalhar mais forte”, declarou o jogador.

 

Por Poliana Kovalyk


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