
Pesquisadores da Unicentro estão entre os mais influentes do mundo
Summary
208 professores da universidade integram o Índice Científico Alper Doger 2025, com alguns entre as primeiras posições na sua área de estudos.
Os resultados da edição de 2025 do Índice Científico Alper Doger (AD Scientific Index) trouxeram boas notícias para a Unicentro. A universidade está entre as melhores instituições de ensino brasileiras e da América Latina em relação ao desempenho acadêmico. Isso porque 208 professores estão entre os pesquisadores mais influentes do mundo.
“Isso mostra o comprometimento e a qualidade das pesquisas, do trabalho desenvolvido na nossa universidade e, principalmente, do quanto os nossos pesquisadores estão engajados. Mostra que a Unicentro está no caminho certo, de uma universidade cada vez mais séria, cada vez mais reconhecida”, avaliou o reitor da Unicentro, professor Fábio Hernandes.
O Índice Científico Alper Doger é um sistema de classificação internacional que avalia o impacto acadêmico de cientistas e instituições a partir de nove critérios, entre eles o número de artigos publicados e a quantidade de citações. O ranking utiliza dados da plataforma Google Acadêmico, abrangendo 2,6 milhões de cientistas e 24.548 instituições de 221 países.

Além de professora e pesquisadora, Juliana (à direita) é coordenadora do PET – Saúde Equidade, em Guarapuava (Foto: arquivo pessoal)
Um dos destaques da Unicentro nesta edição do ranking foi a professora Juliana Bonini, do curso de Farmácia, que foi considerada a 5ª pesquisadora mais influente do país, entre 105 cientistas da área de Educação Científica. Além disso, na projeção mundial do ranking, a docente configura-se entre os 5% mais influentes do ramo.
“É uma honra e um reconhecimento ao trabalho dedicado à promoção da ciência que eu tenho feito desde que eu ingressei na vida científica. Eu me sinto bastante motivada em seguir impactando positivamente na educação e formação científica do país”, declarou a pesquisadora.
A professora Juliana pesquisa temas como divulgação científica, formação de educadores e educação em saúde. Assuntos que são levados para as suas aulas na Unicentro. “A pesquisa me mantém atualizada, crítica e conectada com os desafios reais da educação, o que enriquece minhas práticas pedagógicas e possibilita que eu leve à sala de aula a reflexão de metodologias baseadas em evidência”, salienta.
Outros professores do curso de Farmácia também figuram no AD Index, como Najeh Maissar Khalil e Rubiana Mainardes, que estão entre os 15% melhores pesquisadores do Brasil na área de Nanociência e Nanotecnologia. Ambos têm as melhores notas entre os professores da Unicentro que constam no ranking.

Professor Afonso (à esquerda) e seus colegas pesquisadores fazendo mudas de araucária (Foto: arquivo pessoal)
Pesquisador da área de Engenharia Florestal há 40 anos, o professor Afonso Figueiredo Filho está entre os 11% mais influentes entre 213 cientistas brasileiros na área de Manejo Florestal. “No meu caso, eu estou em final de carreira, então significa que pude, de certa forma, contribuir para a área que eu trabalho, seja com produção científica, mas eu acho que, especialmente, na formação de pessoas, que talvez seja o objetivo mais importante da carreira de um professor”, sublinha Afonso.
A especialidade do professor Afonso é o manejo de floresta ombrófila mista, que tem espécies como a araucária no seu ecossistema. Ao longo dos anos de atuação, o docente e os pesquisadores orientados por ele construíram um banco de dados florestais que deu suporte para inúmeras pesquisas. “Nesse caminho, eu tenho um monte de alunos de graduação, de pós-graduação, de professores que trabalharam comigo, meus colegas. Ninguém conquista nada sozinho, então, isso é fruto de um trabalho coletivo”, reconhece o pesquisador.
Na mesma área de Afonso, o professor de Agronomia Luciano Farinha Watzlawick aparece entre os 16% dos cientistas mais influentes do Brasil, segundo o AD Scientific Index.
Do curso de Administração, o professor Silvio Stéfani é um dos bem posicionados na área de Gerenciamento Estratégico, estando entre os 17% mais influentes, de 161 cientistas brasileiros que estudam o tema. “É muito importante estarmos nesse ranking porque é um reconhecimento público das nossas ações e do impacto das nossas publicações”, avalia o docente.
Silvio pesquisa sobre cidades sustentáveis e desenvolvimento. “É um tema muito importante porque visa diagnosticar a realidade das nossas cidades e busca também propor melhorias em termos de políticas públicas, de ações, de estratégias, de planejamento urbano, para que essas cidades tenham uma melhor qualidade de vida para sua população”, contextualiza.
A pesquisa científica no fortalecimento do ensino e da extensão universitários
Não é somente a pesquisa da Unicentro que ganha com as boas projeções dos cientistas da instituição em rankings internacionais. O ensino e a extensão promovidos pela universidade também são fortalecidos com o vasto conhecimento dos docentes que fazem ciência.

Professor Silvio em evento sobre sua área de pesquisa (Foto: arquivo pessoal)
“Acho que são coisas que não tem como separar: o ensino, da pesquisa, da extensão. Quando você faz as três coisas, você fica um professor mais completo e vai favorecer o ensino, porque você pode dizer para o aluno exemplos práticos de aplicação”, opina o professor Afonso, que há 15 anos coordena o projeto de pesquisa e extensão “Imbituvão”, na área de manejo e conservação florestal.
A professora Juliana, do curso de Farmácia, também alia a pesquisa à extensão, atuando na coordenação do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde, o PET – Saúde Equidade, em Guarapuava. “A gente tem um trabalho bastante abrangente, desde o ensino da educação científica até a educação em saúde, fazendo bastante vínculo da universidade com a comunidade”, relaciona.
Já o professor Silvio, da Administração, aposta nos grupos de pesquisa como espaços de articulação da ciência com as demais áreas de atuação da universidade. Ele lidera uma equipe de pesquisadores composta por estudantes de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado, oriundos de diversas áreas do conhecimento. “Essa interação interdisciplinar no grupo de pesquisa é muito importante para o crescimento de todos e para trocar experiências, impressões e metodologias, ofertar cursos de extensão, palestras”, exemplifica.
Para o reitor da Unicentro, as pesquisas produzidas pelos professores da instituição aumentam a qualidade nos três eixos de atuação universitária. “O pesquisador leva até o seu aluno, até a sua aula, a aplicabilidade daquele contexto, que faz com que o aluno se interesse ainda mais e gera aquele ciclo virtuoso, onde todos ganham: o ensino, a pesquisa e a extensão”, finaliza Fábio.
Por Amanda Pieta
