
Pesquisas da Unicentro são destaque na 9ª Reunião Paranaense de Ciência do Solo
O Departamento de Agronomia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) marcou presença na 9ª Reunião Paranaense de Ciência do Solo, realizada entre os dias 13 a 15 de maio, em Curitiba. O evento, promovido pelo Núcleo Paranaense de Ciência do Solo, vinculado à Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, reuniu pesquisadores, docentes e estudantes de todo o estado, fortalecendo o debate sobre temas como conservação, manejo e inovação no uso do solo.
A comitiva foi composta por 25 pessoas, entre professores e alunos. No total, foram 28 resumos submetidos, com destaque para três trabalhos premiados: uma apresentação oral selecionada e dois pôsteres reconhecidos entre os melhores do evento. Além disso, a universidade foi representada em um minicurso e na palestra principal do evento.
Segundo o vice-chefe do Departamento de Agronomia, professor Cristiano André Pott, o evento é uma oportunidade estratégica para promover a ciência do solo no Paraná e estreitar os laços entre as instituições. “É um evento importante, onde se discute a ciência do solo e fortalece a atuação dos pesquisadores no estado. Nos empenhamos para levar o maior número possível de alunos, pois é uma oportunidade valiosa para que eles conheçam outros colegas, vejam o que está sendo pesquisado e desenvolvido na área”, destacou.
Premiações evidenciam a relevância da produção científica na universidade
O professor Cristiano teve participação no evento com duas atividades técnicas. Ele ministrou uma palestra, representando o Paraná, sobre os resultados da Rede de Agropesquisa, que atua desde 2019 com projetos em cinco regiões voltados à conservação do solo. Também coordenou o minicurso sobre técnicas de monitoramento hidrossedimentológico – estudo que combina a hidrologia e a sedimentologia. “Foi gratificante poder representar o estado na apresentação da Rede. Os dados apresentados refletem o esforço coletivo de várias regiões e mostram o fortalecimento do nosso grupo de pesquisa”, afirmou.
Outro destaque da Unicentro foi o trabalho do professor Vitor Hugo Outeiro, que foi selecionado para apresentação oral no evento. Desenvolvido durante seu doutorado, o estudo utiliza a lógica fuzzy – forma de lógica multivalorada, envolvendo agronomia e matemática para tomada de decisões no campo, determinando quais são os elementos que mais interferem na produtividade em áreas agrícolas, definindo decisões de manejo mais assertivas. “Esse reconhecimento mostra a importância da nossa pesquisa e do nosso programa de pós-graduação. O trabalho despertou o interesse de muitos pesquisadores e poderá servir de base para trabalhos futuros”, apontou Vitor Hugo.
Entre os pôsteres premiados, a aluna do Mestrado em Agronomia Maria Vitória Sobrani foi reconhecida por sua pesquisa, desenvolvida em parceria com a Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa). O estudo analisa a relação entre propriedades físicas do solo e a produtividade da cebola em diferentes sistemas de manejo, também visando a conservação do solo. “A produção de hortifrúti, de forma geral, ainda é feita em sistemas convencionais, que acabam deixando o solo mais suscetível à erosão. Pensando nisso, o estudo buscou testar sistemas alternativos que visam justamente a conservação do solo. É um trabalho importante, principalmente para a nossa área, pois traz uma alternativa pela questão da conservação e pela inovação”. Esta foi a primeira participação da aluna em um evento tão relevante da área, o que tornou o reconhecimento ainda mais especial. “Foi uma experiência muito rica, com trabalhos diversos, palestras e a oportunidade de conhecer muitas pessoas. Ter meu pôster reconhecido como destaque foi uma forma especial de ver todo o esforço dos últimos meses sendo valorizado”, completou a aluna.
Outro pôster premiado foi o de Elizanda de Oliveira Franco, orientada pelo professor Marcelo Marques Lopes Muller. O trabalho integra sua tese de doutorado e faz parte de uma iniciativa recente em Guarapuava, voltada à uvas finas para produção de vinhos. A pesquisa compara os sistemas de cultivo orgânico e convencional e já gerou resultados expressivos, como a oportunidade de Elizanda viajar a Portugal para participar da avaliação dos vinhos da primeira safra do experimento. Para o professor Marcelo, a participação em eventos como esse é fundamental para dar visibilidade às pesquisas desenvolvidas na universidade. “É uma forma de mostrar à sociedade a qualidade do que produzimos. Muitas vezes, na rotina do dia a dia, os alunos não percebem o valor do que estão fazendo. O reconhecimento externo, como as premiações, reforça que os trabalhos têm qualidade e relevância. Isso também se reflete nos indicadores institucionais em que eles participam, como a nota máxima do curso de Agronomia no Exame Nacional, conduzido pelo Ministério da Educação”, finaliza o docente.
Por Poliana Kovalyk
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