Pesquisa e inovação: Unicentro sedia 5º Seminário da Rede CEM

Pesquisa e inovação: Unicentro sedia 5º Seminário da Rede CEM

A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), juntamente com a Fundação Agrária de Pesquisas Agropecuárias, sedia o 5º Seminário da Rede CEM (Complexo de Enfezamento do Milho). O evento teve início nesta quarta-feira (7) no Centro Cultural Mathias Leh, em Entre Rios, e segue nesta quinta (8) no Câmpus Cedeteg, reunindo especialistas, pesquisadores e representantes de cooperativas e instituições de ensino de todo o Paraná.

O seminário discute o avanço dos 13 projetos do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) do Complexo de Enfezamento do Milho. Eles integram as ações da Rede Paranaense de Agropesquisa e Formação Aplicada, criada por decreto estadual em 2015 com o objetivo de fomentar a inovação e a pesquisa científica e tecnológica voltada ao setor agropecuário.

Para o reitor da Unicentro, professor Fábio Hernandes, sediar o seminário representa o reconhecimento da universidade como referência na pesquisa agrícola. “É uma grande alegria para nós, porque isso demonstra que a Unicentro está no mapa da pesquisa de qualidade. Reforça que somos referência estadual e nacional com o nosso curso de Agronomia e com nossos pesquisadores contribuindo de forma significativa, especialmente na área da produção de milho”, afirma.

Segundo o coordenador da Fazenda Escola da Unicentro e do evento, professor Marcelo Cruz Mendes, o seminário representa um espaço estratégico para a disseminação do conhecimento científico e o fortalecimento do vínculo entre pesquisa e campo. “Esse evento promove uma troca valiosa de informações entre pesquisadores, projetos e também com as comunidades do entorno, sempre com foco na geração de dados fundamentados em pesquisa. Para nós, é motivo de grande orgulho sediar um seminário dessa importância, com a participação de todos os colaboradores da rede. Isso demonstra que a Unicentro está no caminho certo, assumindo um papel de protagonismo na produção e na difusão de conhecimento aplicado ao setor agropecuário”, salientou o docente do Departamento de Agronomia.

Integração entre instituições garante avanço das pesquisas

A Rede Paranaense de Agropesquisa do Complexo de Enfezamento do Milho, financiada pelo Sistema Faep em conjunto com a Fundação Araucária e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), reúne oito instituições de ensino e pesquisa de todo o estado. Os estudos estão organizados em três eixos principais: o monitoramento da cigarrinha –  praga que causa danos significativos à cultura do milho-  e seus impactos, a avaliação de híbridos resistentes e o manejo com controle químico.

A técnica do Sistema Faep, Ana Paula Kovaleski, explicou que são realizados encontros semestrais em diferentes instituições parceiras. As edições anteriores aconteceram em Londrina (IDR-Paraná), Pato Branco (UTFPR), Maringá (UniCesumar) e Bandeirantes (UENP). Para ela, isso é essencial para garantir essa integração e a continuidade do trabalho em rede. “A proposta da rede é justamente essa troca de informações entre as instituições, com o compartilhamento de protocolos para que, ao final, possamos gerar informações aplicadas à realidade do Paraná, principalmente sobre o manejo da cigarrinha, e que essas informações cheguem de forma clara ao produtor rural”, apontou.

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) teve papel central na criação da Rede Paranaense de Agropesquisa, sendo responsável por articular inicialmente as cooperativas e, posteriormente, as universidades participantes. Segundo o pesquisador Ivan Bordin, a edição do seminário realizada em Guarapuava traz uma particularidade importante para as discussões. “Os demais parceiros da rede atuam principalmente em regiões mais ao norte do estado, onde predominam áreas mais quentes. A maior parte das informações geradas até agora está voltada para o cultivo do milho safrinha. Já aqui em Guarapuava, trabalhamos com milho verão, o que traz uma realidade um pouco diferente, tanto em termos de clima quanto de tecnologia empregada”, salientou.

O coordenador do projeto da cigarrinha pela Fundação Araucária, Cleverson Vitório Andreoli, destacou que a Rede CEM surgiu como uma resposta estratégica a um problema emergente no Paraná. “Embora o enfezamento do milho já seja conhecido no Brasil há mais de 12 anos, ele se intensificou no Paraná nos últimos cinco. A rede possibilita uma atuação coordenada, com base científica e foco em soluções práticas que chegam diretamente ao agricultor”. Segundo ele, em menos de dois anos, a iniciativa já gerou publicações científicas de alta qualidade, tecnologias aplicáveis no campo e instrumentos concretos que vêm sendo incorporados na agricultura paranaense. A previsão é que os trabalhos se estendam até meados do próximo ano, com avaliação das lacunas tecnológicas que ainda exigem aprofundamento. “Estamos entrando na fase de análise para identificar o que ainda precisa ser desenvolvido e garantir que as pesquisas tenham continuidade até sua plena conclusão”, completou o coordenador.

Por Poliana Kovalyk


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