Abertura da 25ª Semana da Matemática e 5ª Jornada de Matemática Aplicada e Computacional destaca inclusão e acessibilidade

Teve início na última segunda-feira (5), a 25ª Semana da Matemática e a 5ª Jornada de Matemática Aplicada e Computacional, promovidas pelo Departamento de Matemática (Demat) da Unicentro, em Guarapuava. O evento, que segue até o dia 7, reúne estudantes e professores para uma imersão em temas atuais e multidisciplinares ligados à matemática e ao seu ensino.

A cerimônia de abertura foi marcada por uma apresentação cultural com violino, que deu um tom artístico ao início das atividades. Logo após, o evento seguiu com a palestra “Questões sobre o processo de ensino e aprendizagem de matemática por estudantes com deficiência visual”, ministrada pela professora Lucia Virginia Mamcasz-Viginheski. A palestra trouxe uma reflexão essencial sobre inclusão e acessibilidade no ensino, propondo uma visão mais sensível e adaptada às diferentes realidades dos estudantes.

O coordenador do evento e vice-chefe do Demat, professor Sandro Rodrigues, destacou que a iniciativa busca ir além da simples contabilização de horas complementares. “É interessante que os alunos tenham algo além da sala de aula. Essa é uma forma de eles saírem da rotina, descobrirem a universidade e se motivarem mais com o curso, que infelizmente enfrenta altos índices de evasão”, comentou. A proposta é oferecer uma programação diversa, que inclui palestras motivacionais, minicursos práticos e oficinas interativas, como forma de enriquecer a formação dos participantes e aproximá-los do cotidiano profissional.

Entre as atividades, ganham destaque os debates e mesas-redondas sobre inteligência artificial, algoritmos, ensino de matemática e o mercado de trabalho na área, bem como a oficina “Conectando Arte com Matemática”, organizada por um grupo de alunos do quarto ano da licenciatura em Matemática. A estudante Joana Mognom, uma das ministrantes, explicou que essa é a primeira vez que o evento incorpora a relação entre arte e matemática em sua programação. “Queremos que os alunos enxerguem a matemática de outra forma, que ela também está presente na arte. Sempre participamos como alunos, mas agora estamos do outro lado, pensando no que pode ser interessante para os outros. Isso contribui muito para a nossa formação”, afirmou Joana.

Por Mariana Huller, com supervisão de Giovani Ciquelero

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