Entrega de cartas patentes celebra conquistas e inovações da Unicentro

Entrega de cartas patentes celebra conquistas e inovações da Unicentro

A Reitoria da Unicentro e a Agência Inovação Tecnológica (Novatec) realizaram, na última quinta-feira (24), uma cerimônia para homenagear pesquisadores da universidade cujos inventos foram recentemente reconhecidos com cartas patentes pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O instituto aprovou 30 patentes, de um total de 88 pedidos feitos pela Unicentro, um desempenho de 34% de efetividade – terceiro melhor entre as instituições do Paraná.

“É um processo de avaliação muito longo, de cinco a dez anos. Ou dois anos, se for uma inovação verde”, explica o diretor da Novatec, Maico Taras da Cunha. Para a real comprovação de uma patente é necessário cumprir vários requisitos de originalidade e a agência é responsável por assessorar e acompanhar os processos de proteção intelectual desenvolvidos dentro da Unicentro. “Na Novatec temos um formulário com perguntas para a gente qualificar se demanda um processo inventivo ou não”, conta Maico. A universidade também realiza pesquisas prévias para localizar se há trabalhos semelhantes ou idênticos já em andamento. 

Professor Valdirlei Fernandes Freitas e seu aluno Maurício Mazur, egresso da Unicentro.

Ao todo, as patentes contemplam inovações das áreas de Engenharia de Alimentos, Farmácia, Física e Química – esta última, sozinha, representa 22 das 30 patentes. Para a chefe da Divisão de Propriedade Intelectual da Novatec, Claudia Crisostimo, as inovações são indicadores de desenvolvimento. “As patentes são um indicador tecnológico para a própria universidade do trabalho que fazemos aqui dentro”. Além disso, no geral, as criações universitárias são uma alternativa para importação de tecnologia de outros países e fortalecem a infraestrutura intelectual do Brasil.

Entre os homenageados, o professor Valdirlei Fernandes Freitas, do Departamento de Física da Unicentro, foi reconhecido pela invenção de um dispositivo para células solares. “Eu costumo usar como exemplo para mostrar como funciona a ciência dentro do país. Eu comecei a estudar esse composto ainda na graduação. É bem lento o processo”, brincou o professor. Foram 20 anos de pesquisa e espera, “mas agora, tendo a carta na mão, é uma satisfação imensa”.

Valdirlei recebeu o certificado junto do ex-aluno, Maurício Mazur, que participou do projeto durante a graduação. O primeiro contato com a pesquisa foi no segundo ano, por meio da iniciação científica. Desde então, os conhecimentos adquiridos foram muito importantes para a vida profissional e acadêmica. “Quando você está pesquisando, você não compreende o quão grande é o que está fazendo. Até você ver o resultado”, contou Mazur, que se formou em 2022 e retornou à universidade especialmente para a cerimônia de entrega.

A cerimônia também contou com uma homenagem póstuma ao professor Paulo Rogério Pinto Rodrigues, que faleceu em julho de 2024. Ao longo de sua trajetória na Unicentro, ele foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia, integrou o Programa de Pós-Graduação em Química e atuou como diretor da Novatec desde a sua fundação até o ano de 2019. Das 30 patentes registradas pela universidade, o professor participou de 12 como integrante de grupos de pesquisa, sendo referência pelo pioneirismo na consolidação da cultura do patenteamento na instituição. A Unicentro lamenta profundamente sua perda e expressa gratidão pelo legado deixado, especialmente no fortalecimento da divulgação científica.

Por Daniel Simon, com supervisão de Giovani Ciquelero

Confira as fotos do evento no Banco de Imagens da Unicentro.


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